Mais pessoas ficaram em casa no Brasil, Japão e Singapura em abril, durante aumento de novos casos de COVID-19 nestes países, enquanto pessoas nos Estados Unidos voltaram aos parques e empregos, mesmo sem que as taxas de infecção diminuíssem, apontam dados do Google.
No mundo, a atualização semanal mais recente dos padrões agregados de viagem que o Google coletou de telefones de seus usuários apontou para um aumento da desobediência a determinações de isolamento em vigor desde março.
Os dados, publicados online pela unidade da Alphabet no final da quinta-feira (30), compararam o deslocamento diário — a locais de comércio e lazer, parques, estações de trem e ônibus, supermercados e locais de trabalho — nos últimos sete dias com a média do período entre 3 de janeiro e 6 de fevereiro.
As tendências foram variadas no Brasil, onde o vírus começou a aparecer em bairros ricos e se transferiu para as favelas. A queda nas visitas a bares, cinemas e locais semelhantes ficou estável no final de abril, mas as idas aos locais de trabalho e parques voltaram a subir.
Recomendações de isolamento permanecem em vigor no Brasil, embora o presidente Jair Bolsonaro tenha classificado repetidamente essas medidas como extremas.
Singapura
Aparentemente, Singapura controlou a propagação do vírus por meio de rastreamento e vigilância rigorosos de contatos. O Estado-nação entrou em confinamento em 7 de abril, após surto em dormitórios de trabalhadores imigrantes.
As visitas a lojas e parques em Singapura caíram cerca de 25% no primeiro final de semana de abril. Já no último final de semana do mês, a queda foi de 70%. O comparecimento ao local de trabalho, que diminuiu apenas 20% no início de abril, caiu quase 70% na semana passada.