sábado 9 de novembro de 2024
O prefeito Ricardo Nunes e Guilherme Boulos (PSOL) - Fotos: Divulgação, Zanone Fraissat e Eduardo Knapp/Prefeitura de São Paulo e Folhapress
Home / ELEIÇÕES 2024 / Pesquisa Atlas: Boulos lidera, Nunes cresce; Marçal, Tabata e Datena estão empatados na terceira posição
quinta-feira 8 de agosto de 2024 às 07:00h

Pesquisa Atlas: Boulos lidera, Nunes cresce; Marçal, Tabata e Datena estão empatados na terceira posição

ELEIÇÕES 2024, NOTÍCIAS


Pesquisa Atlas divulgada nesta quinta-feira (8) mostra o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) ainda na liderança da corrida pela prefeitura de São Paulo, com quase oito pontos percentuais a mais que o atual prefeito e postulante à reeleição, Ricardo Nunes (MDB). O levantamento registra ainda o ex-coach Pablo Marçal (PRTB), a deputada federal Tabata Amaral (PSB) e Datena (PSDB) empatados na terceira posição dentro da margem de erro da pesquisa. Marçal tem 11,4%, Tabata, 11,2% e Datena tem 9,4%.

A série histórica das pesquisas da AtlasIntel, porém, não é tão otimista para o candidato do PSOL. Ele saiu de 37% das intenções de voto em maio para 36% em junho e 33% agora. Já Nunes cresceu de 21% em maio para 25% agora. Os demais – Tabata, Marçal e Datena – se mantiveram estáveis.

Nesta última rodada, os demais candidatos ficaram abaixo de 5%: Marina Helena (Novo) ficou com 3,5% e Ricardo Senese (UP) registrou 0,7%. Já Altino Prazeres Jr. (PSTU) e João Pimenta (PCO) não registraram. Cerca de 5,6% dos entrevistados disseram que votariam em branco ou anulariam o voto; e 0,6% disseram não saber ainda em quem votar.

A pesquisa ouviu 2.037 pessoas por meio de formulários online, usando a metodologia de recrutamento digital aleatório da Atlas. A margem de erro é de 2 pontos porcentuais para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%. A coleta foi realizada entre a última sexta-feira (02) e esta quarta-feira (07). Os entrevistados foram sorteados aleatoriamente entre as pessoas que acessaram a internet a partir da cidade de São Paulo. A coleta foi calibrada para que o grupo de respondentes tenha características similares às do conjunto do eleitorado.

“De maneira geral, diria que a melhor notícia dessa rodada é para Nunes, porque está conseguindo crescer mesmo neste contexto, com Datena e Marçal”, diz o CEO da AtlasIntel, Andrei Roman. “Havia uma especulação sobre a possível canibalização dos votos dele (pelos outros dois), mas parece que isto não está acontecendo”.

Para Roman, a pesquisa revela uma certa estabilidade no quadro, e isso é uma boa notícia principalmente para o Ricardo Nunes. “A entrada do Pablo Marçal e do Datena, evidentemente, representava uma ameaça grande para Nunes, pois ocupam o mesmo espaço político. Principalmente o Marçal, por conta da mobilização da base bolsonarista. Havia também aqueles que preferiam o (ex-ministro do Meio Ambiente do governo Bolsonaro) Ricardo Salles, e que ficaram um pouco ressentidos com o fato do Salles ter sido obrigado a sair (da disputa)”, avalia ele.

A pesquisa, aponta Roman, mostra que os números obtidos até aqui por Datena estão ligados ao reconhecimento do nome dele, e não representam “uma intenção de voto cristalizada”. “Na medida em que a corrida avança, esses eleitores em potencial do Datena acabam migrando”, diz. Já Marçal é prejudicado por não ser o candidato oficial do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), avalia Roman. O ex-mandatário vem dando declarações a favor de Nunes.

A pesquisa Atlas também perguntou aos entrevistados sobre o voto num eventual segundo turno da disputa. Se a disputa fosse hoje, Boulos derrotaria Pablo Marçal (44,1% a 35,2%) e Datena (39,9% a 29,5%); e empataria dentro da margem de erro com Nunes (42,4% a 42%, com 11,1% de brancos e nulos e 4,5% que não sabem dizer como votariam). Contra Tabata Amaral, Boulos venceria com 37,7% ante 27,4% da deputada socialista, mas 30,1% votariam em branco ou nulo neste caso. Nos cenários sem Boulos, Nunes derrotaria Datena por 38,7% a 28,9%; e perderia para Tábata Amaral por 43,4% a 38,3%.

Cenários para eventual segundo turno na disputa pela prefeitura de São Paulo, segundo pesquisa Atlas
Cenários para eventual segundo turno na disputa pela prefeitura de São Paulo, segundo pesquisa Atlas Foto: AtlasIntel/reprodução

Quando questionados sobre os principais problemas da cidade, a maioria mencionou a criminalidade (60,2%), seguido da saúde (51,6%) e da educação (35,1%), num terceiro lugar distante. Os problemas menos mencionados foram limpeza urbana (4,9%) e burocracia e barreiras para negócios (5,3%). O tema da “ordem urbana e segurança pública” também foi aquele no qual a gestão atual da prefeitura foi mais mal avaliada (46% consideram o desempenho “péssimo” e outros 19% acham o trabalho “ruim”. Só 6% consideram “ótimo”). Obras públicas são a segunda área com maior soma de “ruim” e “péssimo”: 31% e 29%, respectivamente.

Avaliação da Prefeitura de São Paulo nas diferentes áreas, segundo pesquisa Atlas
Avaliação da Prefeitura de São Paulo nas diferentes áreas, segundo pesquisa Atlas Foto: Usuario
Principais problemas de São Paulo (SP), segundo pesquisa AtlasIntel
Principais problemas de São Paulo (SP), segundo pesquisa AtlasIntel Foto: Usuario

O levantamento traz ainda uma questão sobre a percepção dos eleitores a respeito de figuras da política paulistana e nacional. O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) é o mais bem avaliado no conjunto, com 48% de “imagem positiva” perante os eleitores, e 46% negativa. O presidente Lula (PT) tem 41% de avaliação positiva, ante 55% de negativa; o ex-presidente Jair Bolsonaro tem 36% de avaliação positiva e 62% de imagem negativa.

Avaliação de diferentes líderes, segundo pesquisa Atlas
Avaliação de diferentes líderes, segundo pesquisa Atlas Foto: Usuario

Veja também

‘O grande salto para o atraso’ por Joaci Góes

A percepção dominante é a de que muito maior do que a preferência do Presidente …

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

error: Content is protected !!