A pandemia da Covid-19 provocou mudanças significativas na população, forçou a digitalização de diversos negócios e consolidou a modalidade de trabalho remoto, é o que aponta a pesquisa feita pela PwC Brasil. No levantamento, a consultoria identificou que home office será permanente na maioria das empresas.
A pesquisa “Como sua empresa está reagindo à crise?” foi aplicada entre outubro de 2020 e março deste ano e teve seu resultado divulgado agora.
Com a mudança da modalidade de trabalho e a digitalização forçada neste período, as empresas tiveram maior preocupação na proteção do fluxo de caixa e também buscaram por profissionais com habilidades diferentes daquelas que tinham anteriormente.
Essa mudança no perfil tradicional de contratação passa por uma necessidade de avaliação do fit cultural para adequar os novos candidatos às novas propostas da empresa.
79% das empresas ouvidas disseram que vão continuar com o modelo de trabalho remoto e outras 68% indicaram que podem adaptar para um modelo híbrido, que combina o home office e o trabalho presencial.
Para que esse modelo funcione, é necessário investir na gestão de pessoas para criar novos líderes e engajar o time para que ele funcione de uma forma organizada, mesmo à distância.
Segundo a pesquisa, 28% das empresas adotaram o conceito de trabalho de qualquer lugar, ou seja, permitiram que seus profissionais trabalhassem fora da cidade ou do país de origem da contratação, ampliando as fronteiras do trabalho à distância.
Os bons resultados fizeram com que 38% das empresas ouvidas estudem aplicar essa possibilidade de forma de trabalho.
No período da pesquisa, as contratações aumentaram em 30%, com destaque para os setores do Agronegócio e Tecnologia, e 60% delas pretendem fazer contratações nos próximos meses.
Áreas como assessores de comunicação, gerenciadores de redes sociais, analistas de marketing digital, desenvolvedores, analistas de sistema e vendedores estão no topo das necessidades das empresas.
Para atenuar os efeitos da pandemia, empresas também diminuíram em 10% a redução de benefícios, de jornada ou da suspensão temporária do contrato de trabalho, além da concessão de férias individuais ou coletivas.