O presidente eleito Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira que o senador Magno Malta (PR-ES) não será ministro, porque “o perfil dele não se enquadrou”, mas disse que “as portas estão abertas” para participar do governo de outra forma, sem especificar como.
“As portas estão abertas para ele. A questão de um possível ministério, não achamos adequado no momento, mas ele pode estar do meu lado, sim, nunca foram fechadas as portas para ele. E ele pode servir a pátria estando do meu lado ou em outra função”, disse Bolsonaro, em entrevista coletiva após cerimônia no quartel-general do Exército.
Nesta última quarta-feira (5), Malta disse que sua vida “não depende de Bolsonaro” e que nunca houve promessa de ministério. Logo após as eleições, contudo, o senador chegou a dizer que teria um cargo garantido na Esplanada. Magno Malta foi convidado para ser vice de Bolsonaro, mas preferiu tentar a reeleição no Senado. Entretanto, ele perdeu a disputa, e aliados atribuem a derrota à dedicação dele à campanha de Bolsonaro. Após a eleição, o vice-presidente eleito, general Hamilton Mourão, definiu o senador como um “elefante” sem espaço.
Nesta quarta, Bolsonaro reconheceu o papel do aliado em sua campanha, mas disse que não pode entregar um ministério para todos que o ajudaram.
“Todos os meus amigos que me ajudaram na campanha, se eu fosse ofertar um ministério, ficaria complicado para mim. Tenho uma dívida de gratidão com ele. Me ajudou muito durante a campanha, mas não houve durante a campanha um comprometimento nesse sentido. Infelizmente, o perfil dele não se enquadrou. Continuo devedor, sou grato a ele. As portas da transição estão abertas para ele”, afirmou.