Um dos itens que mais teve alta durante a pandemia do coronavírus, os pedidos de seguro-desemprego registraram queda de 21% no primeiro semestre deste ano na comparação com o mesmo período do ano passado. De janeiro a junho de 2020, foram registrados 3,9 milhões de pedidos contra 3,1 milhões neste ano, 2021.
O recorde foi em maio do ano passado, quando 960.308 pessoas solicitaram o benefício, a maior marca da série histórica. Em junho deste ano, foram 483.233, retomando um patamar anterior à pandemia. Os números são divulgados do Painel de Informações do Seguro-Desemprego, da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, do Ministério da Economia.
Para a Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, a queda pode ser resultado de uma recuperação econômica que gerou empregos nos últimos meses. Entretanto, a queda também pode ser motivada por diversos fatores, que vão desde a elegibilidade para o benefício até a decisão da própria pessoa em dar entrada.
– É importante observar, no entanto, que em 2021 o país vive uma recuperação econômica e gerou empregos em todos os meses até o momento, o que explica, em parte, o menor número de pedidos em relação ao ano passado, em que, nos primeiros meses, houve perda expressiva de emprego em decorrência do lockdown imposto pela pandemia naquele momento – diz a secretaria.
O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia, aponta abertura de 1.233.372 vagas de empregos formais nos primeiros cinco meses deste ano, número decorrente de 7.971.258 admissões e 6.737.886 desligamentos. O volume corresponde a 38,2% mais contratações e 2,5% menos demissões em relação aos mesmos cinco meses iniciais de 2020.