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sábado 20 de agosto de 2022 às 12:37h

PDT de Ciro pede ao TSE inelegibilidade de Bolsonaro e Braga Netto

JUSTIÇA, NOTÍCIAS


O PDT ingressou nesta última sexta-feira (19) de acordo com o Estadão, com pedido de investigação e inelegibilidade da candidatura do presidente Jair Bolsonaro (PL) à reeleição e de seu vice Braga Neto. No pedido o partido que tem Ciro Gomes como candidato sustenta que Bolsonaro atacou o sistema eleitoral em reunião com embaixadores estrangeiros, em 18 de julho, e cometeu abuso de poder pelo fato de a reunião ter sido veiculada em meio de comunicações oficiais.

Na peça, advogados do PDT alegam que a tônica do encontro de Bolsonaro com os embaixadores foi a de “reerguer protótipos profanadores” da integridade do processo eleitoral e das instituições da República, especificamente o TSE e ministros. “O senhor Jair Messias Bolsonaro criou uma ambiência propícia para a propagação de toda sorte de desordem informacional ao asseverar, por diversas vezes, que o sistema eletrônico de votação é receptivo a fraudes e invasões que, sob a ótica do delírio presidencial, podem comprometer a fidedignidade do resultado dos pleitos”, informam.

“É inegável que o senhor Jair Messias Bolsonaro aproveitou-se do evento para difundir a gravação do discurso com finalidade eleitoral, indissociável ao pleito de 2022. Isso porque o ataque à Justiça Eleitoral e ao sistema eletrônico de votação faz parte da sua estratégia de campanha eleitoral, de modo que há nítida veiculação de atos abusivos em desfavor da integridade do sistema eleitoral, através de fake news, o que consubstancia-se em um fato de extrema gravidade, apto a ser apurado na ambiência desta Ação de Investigação Judicial Eleitoral”, completam.

Além da inelegibilidade dos investigados citados na ação, o PDT pede a cassação do registro ou do diploma, pela prática de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação e que seja determinado às redes sociais que “promovam a imediata retirada da postagem objeto” da ação.

No início da noite desta sexta-feira, Ciro Gomes afirmou Bolsonaro merece “no mínimo uma multa” pela reunião que promoveu com embaixadores. “Trata-se de saber se o presidente cometeu ou não um ilícito eleitoral. Uma das maiores indignidades que eu já testemunhei na minha vida foi ver o presidente da minha República reunir 40, 50 embaixadores estrangeiros para difamar, caluniar e desmoralizar as instituições centrais do Brasil. Essa vergonha não pode passar impune. No mínimo uma multa acho que ele merece”, afirmou Ciro, que esteve no Rio de Janeiro à noite para inaugurar um comitê eleitoral na Tijuca (zona norte). “

A reportagem procurou a secretaria de comunicação do governo e campanha de Bolsonaro, mas não houve resposta.

Críticas a Lula

No Rio, Ciro brincou ao responder duas perguntas dos jornalistas. Questionado se está confiante de que vai chegar ao segundo turno, ele afirmou que “na minha cabeça o plano é ganhar no primeiro turno, mas, como eu tenho uma certa modéstia, humildemente vou procurar ganhar um dos lugares no segundo turno”.

Depois, questionado sobre a estratégia para superar a estagnação nas pesquisas de intenção de voto, disse: “O plano é atacar em trancelim e defender em zigue-zague, tentando evitar aquilo que o Fluminense fez com o Fortaleza ontem, que não se faz”, referindo-se ao jogo de quarta-feira, 17, quando eliminou o time cearense da Copa do Brasil.

Em discurso de quase 25 minutos aos correligionários, Ciro repetiu que é o único candidato a presidente que propõe uma reforma política e social, fez mais críticas ao ex-presidente e candidato petista à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva. “Seu Luiz Inácio apoiou Moreira Franco contra Darcy Ribeiro”, disse, referindo-se à eleição para governador do Rio em 1986). O ex-ministro também criticou o PT, que, segundo ele, “virou uma usina de destruição do pensamento progressista”.

Ao exaltar o candidato do PDT ao governo do Rio, Rodrigo Neves, Ciro chamou Marcelo Freixo, que concorre ao governo pelo PSB, de “camaleão político”. Dias atrás, Freixo afirmou que não defende mais a legalização da maconha nem a renegociação do Regime de Recuperação Fiscal que o Estado do Rio firmou com a União.

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