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terça-feira 8 de dezembro de 2020 às 14:15h

Pazuello diz que acordo com a Pfizer prevê 8,5 milhões de doses no 1º semestre

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Em reunião com governadores nesta terça-feira (8) o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, prometeu começar a vacinação no Brasil no fim de fevereiro. Ele também disse que as primeiras 8,5 milhões de doses da Pfizer, de uma compra de 70 milhões, devem chegar ao País no primeiro semestre. Com as primeiras doses, será possível vacinar pouco mais de 4 milhões de pessoas.

Em esboço de plano nacional de imunização, divulgado na última semana, o Ministério da Saúde prevê começar a vacinar a população em março. Idosos com 75 anos ou mais, profissionais de saúde e indígenas serão os primeiros a receber as doses, estima a pasta.

Segundo fontes do Estadão que acompanham a discussão, Pazuello repetiu que o Sistema Único de Saúde (SUS) tem acordos para receber 300 milhões de doses em 2021, sendo 260 milhões de Oxford/AstraZeneca e mais cerca de 40 milhões obtidas por meio do consórcio Covax Facility.

As vacinas devem ser aplicadas em duas doses. A conta ignora possíveis compras da vacina da Pfizer ou da Coronavac, que está sendo desenvolvida pelo Instituto Butantã e a farmacêutica chinesa Sinovac.

Pazuello disse na reunião, porém, que foi feito um memorando de entendimento não vinculante com o Butantã e com a Pfizer. Segundo ele, a compra dessas vacinas ainda depende do registro dos produtos na Anvisa.

Pazuello disse acreditar que o registro definitivo da vacina da AstraZeneca deve ser concedido no fim de fevereiro pela Anvisa. Para isso, ele estimou que a farmacêutica entregará estudos de “fase 3” no fim de dezembro e a Anvisa levará até 60 dias para a sua análise. Pesquisadores responsáveis pelo estudo desta vacina já reconheceram erros nos testes iniciais e a necessidade de ampliar ensaios clínicos para medir a eficácia, o que pode atrasar o registro.

Ontem, Doria anunciou que começará a vacinar a população de São Paulo no dia 25 de janeiro. O cronograma foi apresentado mesmo antes de os estudos finais sobre a Coronavac terem sido apresentados, etapa fundamental para o imunizante seja autorizado no País. Essa vacina é desenvolvida pelo Instituto Butantã em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac.

Na reunião, Pazuello disse que Estados não podem brigar por vacinas e pediu união. Como mostrou o Estadão, governadores têm buscado compras paralelas de vacina por causa do atraso do ministério na compra de seringas e novos imunizantes.

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