O empresário Paulo Marinho, ex-aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), disse ao blog da Andréia Sadi, que “já sabia que estava sendo bisbilhotado” pelo governo Bolsonaro.
Marinho teve o sigilo quebrado em 2019 pelo então chefe de inteligência da Receita Federal, Ricardo Feitosa, e atingiram, além de Marinho, o ex-procurador-geral de Justiça do Rio, Eduardo Gussem, o e Gustavo Bebianno, ex-ministro do governo do ex-presidente. Gussem era responsável pelas investigações contra Flavio Bolsonaro por suspeita de rachadinha (desvio de verba de funcionários) na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
A informação foi divulgada pelo jornal “Folha de S.Paulo” nesta quarta-feira (1º) e confirmada ao blog por fontes que acompanham a investigação.
“Quando eu disse que não foi surpresa foi porque eu tive esse episódio da minha gerente. Eu já sabia que estava sendo bisbilhotado por órgaos do governo. Acho que eles tinham desejo de encontrar algo que pudesse me constranger, me botar numa posição delicada”, afirmou. Na ocasião, Marinho era pré-candidato à Prefeitura do Rio de Janeiro.
Ele prosseguiu: “Pegaram minha declaração [de Imposto de Renda] de praticamente 12 anos. A família Bolsonaro trata o estado como se fosse o gabinete deles”.