O ministro Paulo Guedes apresentou uma “reforma” tributária que aumenta pesadamente os impostos. Ele, como se sabe, se declara um liberal. Em dois anos e meio, Guedes nem sequer cogitou promover abertura comercial.
Prometeu privatizar 200 estatais, mas seu programa de privatizações se restringe a uma única empresa, a Eletrobrás, e o modelo é tão ruim, que os liberais acham que é melhor deixar estatal mesmo. Segundo a revista Veja, o ministro não cortou gastos e apresentou uma reforma administrativa que não faz nem cócegas no custo da máquina pública.
A revista diz que ele esnobou propostas de reforma tributária que faziam sentido e insistiu na CPMF, um imposto regressivo, que castiga os pobres, pune a atividade econômica, estimula a informalidade e é detestado por todo mundo. Derrotado na CPMF, apresentou uma “reforma” que aumenta a carga tributária.
E, pior dos males, o aumento de impostos vai servir para financiar um saco de bondades cujo objetivo é reeleger o presidente mais antiliberal da história do país.
Paulo Guedes é um revolucionário: virou o conceito de liberalismo de cabeça para baixo, publicou a Veja.