O ministro da Economia, Paulo Guedes, afastou na manhã desta terça-feira (12) sua responsabilidade segundo o Estadão, sobre a política de preços de combustíveis, em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado sobre o assunto. Segundo ele, o ministro correto para falar sobre isso é o de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, que também vai prestar esclarecimentos hoje à CAE.
“O presidente indica ministro de Minas e Energia, que articula conselho de administração para Petrobras, que, por sua vez, escolhe CEO e diretoria, e então escolhem a política de preços. Eu, como ministro da Economia, não tenho muito o que falar sobre isso”, disse, acrescentando que a Petrobras é listada em bolsa e tem governança correta.
Guedes ainda disse que o Congresso tem atuado “brilhantemente” para reduzir os preços diante da crise causada pela guerra na Ucrânia.
O ministro também afirmou que, antes da guerra na Ucrânia, o governo tinha preferência para um abordagem estruturante em relação à política de preços de combustíveis e de reformas.
Ele voltou a citar o processo de privatização em etapas da Eletrobras e também da Petrobras, que já vendeu distribuidoras. O ministro afirmou que a razão para desestatização de empresas não é ideologia, mas segurança energética, e que o modelo de monopólio no petróleo leva a subinvestimento crônico.
“Tínhamos diagnóstico que o Brasil está preso em modelo obsoleto de exploração de recursos naturais, principalmente em relação ao monopólio vertical. No monopólio, por definição, está explorando para o consumidor, quando é verticalizado (como era com Eletrobras e Petrobras) é mais grave.”