Além da eleição dos presidentes da Câmara e do Senado, a disputa desta segunda-feira (1º) vai definir os ocupantes de cargos-chave nas duas Casas. Em caso de vitória de Arthur Lira (PP-AL), a primeira vice-presidência da Câmara está sob disputa entre o PSL e o PL.
Já no Senado, MDB e PSD querem ocupar a primeira vice-presidência. Foi a negociação do cargo que levou o MDB a abandonar Simone Tebet (MDB-MS). Já o PSD foi a primeira bancada no Senado a declarar apoio à candidatura de Rodrigo Pacheco.
O Planalto apostou todas as fichas em Lira e Pacheco e abriu um balcão de negociação de cargos e emendas em troca de votos. Vencer na Câmara, principalmente, representa para o Governo abater o plano de Rodrigo Maia (DEM-RJ) de construir uma frente suprapartidária para tentar frustrar a reeleição de Bolsonaro em 2022.
Líderes governistas, assessores do Planalto e ministros mobilizaram a máquina federal para atender parlamentares e interferir na sucessão das duas Casas.
A operação foi bem sucedida, avaliam auxiliares de Bolsonaro. Na Câmara, apesar de partidos terem fechado com Baleia Rossi (MDB-SP), deputados dissidentes mantêm votos que podem selar a vitória de Arthur Lira (PP-AL).