A sigla de Lula aparece hoje com 1,6 milhão de filiações, o equivalente a cerca de 10,2% do número total de filiados a partidos políticos no Brasil. Já o partido de Bolsonaro tem aproximadamente 4,9%, de acordo com as estatísticas do TSE referentes a junho deste ano.
Segundo os dados, informados ao TSE pelos próprios partidos, o PT tem cerca de 4,2 mil filiados a mais do que registrava na eleição de 2022. No caso do PL, o aumento foi de 6,9 mil filiados no mesmo período. Além de PT e PL, apenas outros seis partidos — Republicanos, Solidariedade, PSOL, Agir, Rede e Unidade Popular (UP) — avançaram no número de filiações comparado à última eleição.
O MDB permanece o partido com mais filiados no país, de acordo com o TSE: cerca de 2,04 milhões, uma ligeira queda em relação ao ano passado. O PT aparece na segunda colocação, seguido por PSDB, PP, PDT, União Brasil e PTB. Apesar do aumento neste ano, o PL ainda aparece na oitava colocação no ranking de filiados no Brasil, mesma posição que ocupava em 2022.
Filiações partidárias no Brasil
Partido | Nº de filiados – Junho de 2023 | Nº de filiados – Eleição de 2022 | Variação |
MDB | 2.045.148 | 2.072.795 | -27.647 |
PT | 1.606.625 | 1.602.361 | 4.264 |
PSDB | 1.311.758 | 1.324.862 | -13.104 |
PP | 1.275.819 | 1.290.664 | -14.845 |
PDT | 1.108.930 | 1.124.361 | -15.431 |
União Brasil | 1.049.609 | 1.057.484 | -7.875 |
PTB | 1.036.271 | 1.052.820 | -16.549 |
PL | 761.246 | 754.316 | 6.930 |
PSB | 620.444 | 626.574 | -6.130 |
Republicanos | 493.359 | 492.292 | 1.067 |
De acordo com o TSE, havia 15,7 milhões de pessoas no Brasil filiadas a partidos políticos em junho deste ano. O número é semelhante ao consolidado pelo TSE à época da última eleição. Já em junho de 2022, quatro meses antes da eleição, o total de filiados residentes no país era de 16 milhões.
Apesar da derrota de Bolsonaro na última eleição presidencial, o PL tem usado o ex-presidente e sua mulher, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, como cabos eleitorais em campanhas de filiação pelo país. O objetivo do partido é explorar o capital político de Bolsonaro, hoje inelegível após ser condenado pelo TSE em junho, para ganhar capilaridade pelo país.
O PT também planeja usar a imagem de Lula para dar um salto nas eleições municipais de 2024, após ter observado seu número de prefeituras encolher desde o avanço da Lava-Jato e o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff na última década.