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quarta-feira 22 de setembro de 2021 às 19:38h

Partido que vai nascer com a fusão do DEM e PSL terá candidato próprio para disputar Presidência da República em 2022

NOTÍCIAS, POLÍTICA


Nova sigla terá Pacheco, Datena e Mandetta, cotados para a corrida presidencial

O partido que vai nascer a partir da provável fusão do DEM e PSL conta com nomes cotados para integrar a Terceira Via: o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM), o jornalista José Luiz Datena (PSL) e o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM). Mas a legenda terá também aliados próximos a Bolsonaro, conforme o Antagonista publicou, os ministros da Agricultura, Tereza Cristina (DEM), e do Trabalho, Onyx Lorenzoni (DEM), além do filho 03, deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). Por isso, até abril, deve haver um troca-troca de filiações, com uma acomodação para as próximas eleições.

Com essa mistura de tendências, a futura nova legenda terá de definir seu rumo na corrida presidencial. O mais provável é que tenha candidatura própria, principalmente se Rodrigo Pacheco permanecer no partido. Ele tem sido cortejado pelo PSD para concorrer à Presidência, mas não descarta ficar e receber o apoio do grupo de Gilberto Kassab. “Dificilmente estaremos com Bolsonaro”, afirma um dirigente do PSL.

Os nomes mais próximos a Bolsonaro deverão migrar para outros partidos, caso o projeto de candidatura própria prevaleça. O presidente do PSL, Luciano Bivar, deve presidir o novo partido. E o ex-prefeito de Salvador ACM Neto, que comanda o DEM nacionalmente, deve ser o secretário-geral. Na noite de ontem (21), a direção do partido aprovou a fusão por unanimidade, em reunião que contou com a presença de Pacheco, Onyx e Tereza Cristina. Todos de acordo.

Mas a fusão só deve ser sacramentada nas convenções dos dois partidos, em outubro. No PSL, a união é um tema pacificado e deve ser tratada na reunião da executiva convocada por Bivar para a próxima terça-feira (28). No DEM, ainda depende de ajustes estaduais, como em São Paulo, Distrito Federal e Rio de Janeiro. Mas é tida como certa.

A união é boa para as duas siglas. O DEM tem estrutura partidária e o PSL, sigla que elegeu uma boa bancada em 2018, no rastro do fenômeno Bolsonaro, conta com a segunda maior verba do fundo partidário e eleitoral e tempo de TV para a campanha.

Logo após a fusão, serão indicados diretórios provisórios, com comandos indicados com base nos acordos dos dois partidos. Em seguida, a composição das legendas será definida por uma comissão formada por integrantes dos dois partidos.

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