O Novo enviou a seus filiados um questionário segundo a Folha com 15 itens para sondar sobre temas como modelo de gestão do partido, utilização do fundo partidário e possibilidade de fazer alianças e coligações em eleições.
O objetivo, segundo integrantes do Novo, é identificar pontos em que o partido pode melhorar, o que incluiria mudanças no estatuto. A movimentação teria como pano de fundo as eleições de 2026, para as quais o governador reeleito de Minas Gerais, Romeu Zema, já é apontado como candidato.
Nesse contexto, o Novo pergunta, por exemplo, a opinião dos filiados sobre a possibilidade de o partido fazer alianças ou coligações com outras legendas, sem necessariamente abrir mão de valores e princípios. Originalmente, o partido era contrário a coligações, mas rompeu a tradição justamente para montar a chapa de Zema na disputa à reeleição em Minas.
Outra questão feita é se a “utilização do fundo partidário para manutenção do partido deve permanecer vetada, não devendo ser pauta de discussão em nenhuma hipótese”. Em sua prestação de contas, a legenda diz que o valor recebido desse recurso está aplicado no Banco do Brasil e o partido tenta devolvê-lo ao Tesouro Nacional.
O Novo pergunta ainda aos filiados se o modelo de gestão do partido, em que cargos de direção são exercidos por voluntários, tem funcionado ao longo do tempo. Em outro item, o partido sonda opinião sobre a frase de que o Novo “só poderá crescer se contar com uma estrutura profissional condizente com suas aspirações, como, por exemplo, dirigentes partidários remunerados.”
Nas eleições de 2022, o Novo perdeu eleitores, viu sua bancada na Câmara dos Deputados despencar na próxima legislatura e não conseguiu atingir a cláusula de barreira, que estabelece percentual mínimo de votos e de deputados eleitos para manter o acesso à propaganda partidária e ao fundo eleitoral.