A iniciativa do senador governista Otto Alencar (PSD) para levar Marcos do Val (Pode-ES) ao Conselho de Ética do Senado fez brilhar olhos no Planalto, que tem demonstrado segundo o colunista Cláudio Humberto, do Diário do Poder, um suposto temor da criação de CPI para investigar os atos criminosos de 8 de janeiro. Governistas acusam o senador capixaba de criar a história para favorecer a CPI. O governo vê chance de implodir um barulhento e agora fragilizado opositor e substituí-lo por Rosana Foerst (Cidadania), ligada a Renato Casagande (PSB).
Sem nenhum senador e com sua bancada desidratada na Câmara, o Cidadania torce pela cassação para reaver a cadeira.
O Cidadania já teve Do Val, Alessandro Vieira (PSDB-SE) e Eliziane Gama (PSD-MA). A suplência é a chance de a sigla voltar ao Senado.
Rosana é vista como a chance de o governo garantir mais um voto no Senado. Na Câmara, os cinco deputados já declararam independência.
O Senado é importante moeda para cargos no governo, com evidente enfraquecimento após murcha vitória de Pacheco para presidir a Casa.