Israel se aproximava nesta quarta-feira (22) de sua quinta eleição em menos de quatro anos depois que parlamentares deram um aceno inicial para dissolver o Parlamento, com um possível retorno do ex-primeiro-ministro Benjamin Netanyahu já dominando a campanha.
O Knesset votou por unanimidade por uma eleição antecipada em uma leitura preliminar de um projeto de lei que deve ser finalizado na próxima semana, após o qual o ministro das Relações Exteriores Yair Lapid, de 58 anos, assumirá o lugar do primeiro-ministro Naftali Bennett à frente de um governo interino.
Lapid e Bennett encerraram a liderança recorde de Netanyahu um ano atrás, formando uma rara aliança de direitistas, progressistas e partidos árabes, que enfrentou turbulência nos últimos meses em meio a disputas internas. O primeiro-ministro interino designado classificou a próxima eleição como uma batalha entre moderados e extremistas abraçados por Netanyahu.
Netanyahu, agora líder da oposição, celebrou a dissolução do que chamou de pior governo da história de Israel. Ele espera conquistar um sexto mandato.
Quatro pesquisas publicadas na terça-feira apontaram o partido conservador Likud de Netanyahu e seus prováveis aliados nacionalistas e ultra-religiosos na liderança, mas ainda aquém de uma maioria governista no Knesset de 120 assentos de Israel.
Seus rivais em todo o espectro político prometeram impedir o retorno ao poder de Netanyahu, que está sendo julgado por acusações de corrupção que ele nega.