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quarta-feira 2 de março de 2022 às 10:24h

Parlamentares focam no Congresso em diminuir impactos econômicos da guerra da Ucrânia

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Com o fim do feriado de carnaval, deputados e senadores retomam os trabalhos no Congresso Nacional, com foco segundo o Correio Braziliense, na aprovação de projetos que auxiliem na diminuição dos impactos que a guerra na Ucrânia poderá causar aos brasileiros. Novas prioridades começam a ser discutidas nos bastidores. O deputado federal e líder da bancada petista na Câmara, Reginaldo Lopes (PT-MG) resumiu a discussão das pautas pós-carnaval em um grande objetivo: “paz”.

“A maior preocupação é em relação à posição errática do governo de Jair Bolsonaro (PL), que já está causando prejuízos à imagem do Brasil e poderá acarretar mais danos no futuro, do ponto de vista das relações comerciais. O Brasil está destruindo a sua imagem diplomática, e a diplomacia sempre foi uma pauta importante. Quem ama ditadores e está totalmente isolado no mundo é Bolsonaro”, afirmou o parlamentar.

Lopes enviou ao Ministério das Relações Exteriores um requerimento no qual pede que a pasta reconheça que o presidente mentiu em relação à conversa com o presidente russo Vladimir Putin no último domingo (27/2). Em entrevista, Bolsonaro comentou que teria ficado duas horas ao telefone com Putin. Horas depois, o Itamaraty afirmou que essa conversa não existiu, e que Bolsonaro se referia ao encontro presencial que tiveram no início deste mês.

O senador Izalci Lucas (PSDB-DF) definiu como “infeliz” o conjunto de declarações de Bolsonaro relacionadas à Ucrânia. Ele lamenta, especialmente, a crítica ao presidente Volodymyr Zelensky, pelo fato de ter sido comediante antes de assumir o governo do país europeu. “Ele (Zelensky) tem ido muito bem, e tem mostrado uma grande liderança”, avaliou.

Por outro lado, o parlamentar acredita que a diplomacia brasileira tem conduzido a questão de maneira equilibrada. “O Itamaraty tem colocado a coisa com mais profissionalismo. A gente precisa realmente estar atento aos impactos disso. Na prática, não impactará só o preço dos combustíveis. A guerra prejudica todo mundo, ninguém ganha com isso”, ponderou o senador tucano.

Ao avaliar o momento político sob a perspectiva da guerra na Ucrânia, o deputado federal Luis Miranda (União Brasil-DF) acredita que a oposição a Bolsonaro irá polarizar a “falta de posicionamento dele contra a Guerra”. No entanto, o parlamentar acredita que haverá quem concorde com o presidente na defesa da imparcialidade pelo fato de o Brasil ser membro do Brics — bloco econômico composto ainda por Rússia, Índia, China e África do Sul.

“Se a guerra não acabar até a próxima semana, certamente essa será a pauta [no Congresso]”, aposta o deputado, que é presidente do Grupo Parlamentar Brasil/Brics. “Irei exigir dos demais países do bloco que a Rússia seja excluída. Não podemos, em pleno século XXI, aceitar uma guerra nessas proporções”, opinou Miranda.

Opinião pública

De acordo com o Correio Braziliense, o parlamentar acredita que os temas relacionados aos impactos da guerra deverão ser pautados muito em breve. “É da característica do Congresso, os parlamentares tendem a votar temas polêmicos quando a opinião pública está sensibilizada. Haverá impactos no agronegócio, inclusive com o cancelamento dos envios de fertilizantes para o Brasil. É o que mais assusta. A Rússia também é um grande produtor de milho e trigo, certamente esses produtos terão uma alta histórica”, avaliou, ressaltando que terá de haver uma construção “para proteger o agro”.

A defesa da produção agrícola nacional é a principal bandeira também levantada pelo senador Lasier Martins (Podemos-RS). Ele lembrou que a Região Sul ocupa posição estratégica na oferta de produtos agrícolas, com lavouras que se estendem por mais de nove milhões de hectares, e 90% dessa área voltada à produção de grãos.

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