Na próxima quinta-feira (11) em Brasília, parlamentares, empresários, representantes da Anvisa, da Embrapa e do governo federal irão debater segundo Pedro Pupulim, da Veja, o potencial econômico e agrícola da cannabis e do cânhamo.
O encontro será promovido pelo Instituto Ficus, e discutirá avanços legislativos que permitam o cultivo dessas commodities no Brasil e destacar o setor como ferramenta de desenvolvimento econômico, socioambiental e de arrecadação de impostos.
O imposto sobre maconha nos Estados Unidos, por exemplo, poderá ultrapassar US$ 112,4 bilhões em arrecadação, cerca de 12% a mais do que em 2023. Apesar de ser apenas uma projeção, dados não levam em conta futuras ações do governo (como legalização federal) que podem aumentar ainda mais a receita do país norte americano.
Em relatório publicado em 2023, os pesquisadores afirmam que a tendência é que o mercado movimente mais de US$ 300 bilhões anualmente até 2027.
Com a droga sendo legalizada em diversos estados nos Estados Unidos, a maior economia do mundo deve liderar essa crescente nas vendas, segundo os pesquisadores.
O estudo destaca que o mercado fora dos EUA e Canadá deve movimentar R$ 35 bilhões até 2027, puxado, principalmente, pela Alemanha.
Entre os participantes estará o baixista da banda Natiruts e presidente da Associação Brasileira de Cannabis e Cânhamo Industrial, Luis Mauricio, que mostrará aos presentes o primeiro baixo feito de cânhamo. A ideia é difundir as diferentes possibilidades de uso da fibra produzida a partir da cannabis.
Estados Unidos, Canadá e Reino Unido fazem parte de um grupo de países cujas leis permitem derivados da planta nos alimentos e cosméticos, por exemplo, e os governos arrecadam bilhões de dólares/euros. Mas no Brasil, nenhum desses produtos são permitidos, além de não gerar empregos