Uma comissão parlamentar da agricultura da Finlândia esteve no Brasil na semana passada conforme a coluna de Pedro Gil, da Radar Econômico, para conhecer de perto as vantagens do etanol como rota de descarbonização da mobilidade. O grupo foi recebido em jantar na sede da Unica, a União da Indústria da Cana-de-Açúcar e Biocombustíveis.
Durante o encontro, o presidente da associação, Evandro Gussi, explicou como a produção do biocombustível teve impacto social, econômico e ambiental relevante no Brasil, e destacou como a experiência pode ser replicada em outros países, especialmente no sul global.
Desde 2003, quando surgiram os primeiros veículos flex no Brasil, o consumo de etanol propiciou uma redução na emissão de gases de efeito estufa em mais de 660 milhões de toneladas de CO2. Isso equivale ao plantio de 5 bilhões de árvores nativas em 20 anos. Além disso, o consumo de etanol no período representou uma economia de 110 bilhões de reais para o bolso dos brasileiros.
A Finlândia, embora não faça parte do G20, aderiu à Aliança Global para os Biocombustíveis e tem demonstrado bastante interesse no tema, assim como outros países.
O papel estratégico do Brasil na descarbonização da matriz energética do planeta tem como termômetro a agenda cada vez mais intensa das autoridades brasileiras e da Unica em eventos de sustentabilidade ao redor do mundo. A associação tem feito uma espécie de road show por países como Angola, Índia, Indonésia e Japão para explicar como o biocombustível pode ser uma alternativa interessante para a mobilidade de baixo carbono que contribui para a redução do efeito estufa.