O Curso de Fruticultura Orgânica, que contou com aulas ao vivo, pelo canal Embrapa Mandioca e Fruticultura, no Youtube, encerrou na quinta-feira (4). O curso contou com recursos oriundos de emenda parlamentar, e foi promovido pela Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), por meio da Coordenação de Pesquisa, Inovação e Extensão Tecnológica (Cepex), em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Mandioca e Fruticultura.
A iniciativa possibilitou a técnicos, agentes de assistência técnica e extensão rural (Ater) e a agricultores e agricultoras familiares, que desejam aderir à produção orgânica, obterem os conhecimentos e as técnicas para enfrentar a transição sustentável, para cultivo orgânico de frutas como o maracujá, umbu, abacaxi, manga e banana.
De acordo com José Tosato, coordenador da Cepex, o curso priorizou a qualidade do conteúdo e contou com a orientação de pesquisadores da Embrapa de diversas partes do país, da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), da Rede Povos da Mata, trabalhando as culturas importantes para a agricultura Familiar em todos os aspectos: “Todos esses conhecimentos, em todas essas áreas, podem ser utilizados na produção orgânica de diversas outras culturas. São técnicas que também podem ser utilizadas também em quintais produtivos. Esperamos que tenha resultados positivos e vamos continuar o contato com os alunos, no sentido de estimulá-los a desenvolver projetos e a ideia é tentar trabalhar a possibilidade de outros módulos”.
Silvana Santos, que atua na gestão de Ater da Cooperativa de Jovens Produtores Rurais da Agricultura Familiar (COOJOPRAF), por meio do convênio com o Bahia Produtiva, projeto executado pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), no município de Água Fria, destacou que o curso foi muito produtivo: “Tirei dúvidas com os palestrantes, todos ótimos. Pretendo pôr em prática, principalmente, o uso da adubação verde, pois onde trabalho hoje eles não têm esse conhecimento”.
Joseane Dias, do Assentamento Luíz Inácio Lula da Silva, em Santa Cruz Cabrália, Território Costa do Descobrimento é professora e tem especialização em Agroecologia e Educação do Campo. Está investindo na produção orgânica, atualmente em processo de certificação com a Rede Povos da Mata. O interesse pelo curso surgiu por já trabalhar com o plantio de orgânicos e em processo de certificação: “Queremos também ampliar as culturas, e o curso vem para agregar valores, conhecimentos, e somar na minha prática. Tem sido de uma importância muito grande para nós agricultores e veio no tempo oportuno, porque, mesmo em tempo de pandemia, nós sabemos que a agricultura familiar não parou, pelo contrário, houve uma aceleração ainda mais na agricultura, que tem mantido as feiras nos municípios”.
O curso de Fruticultura Orgânica teve módulos sobre Produção de Mudas de Umbu e Umbu-cajá, Preparo e o Manejo do Solo para Produção Orgânica de Fruteiras; Produção Orgânica de Banana; Produção Orgânica de Maracujá; Produção Orgânica de Abacaxi; Produção Orgânica de Manga; e Certificação da Produção Orgânica.
No total, foram 717 inscrições para o curso. Entre os inscritos, estavam agricultores e agricultoras, profissionais que atuam na assistência técnica e extensão rural (Ater), estudantes, professores e engenheiros agrônomos, entre outros interessados. Da Bahia foram 437 da Bahia e as demais 280 foram dos estados de Alagoas, Amazonas, Amapá, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Paraná e Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Roraima, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe, São Paulo e Tocantins.