O levantamento divulgado pelo Instituto Paraná Pesquisas nesta terça-feira (18) revela como seria o desempenho do atual ministro da Fazenda Fernando Haddad se, em 2026, ele disputasse as eleições presidenciais no lugar de Luiz Inácio Lula da Silva. Haddad é visto por algumas vertentes do PT como um “sucessor natural” do presidente e já foi candidato do partido em 2018, quando Lula estava preso por causa de condenação na Lava Jato.
Os números do levantamento, contudo, mostraram o ministro da Fazenda em desvantagem contra eventuais adversários. Se ele disputasse contra o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos), ficaria em segundo lugar, com 18,9% das intenções de voto, contra 23,9% do primeiro lugar. Depois dos dois, viriam Ciro Gomes (16,7%) — que teve um desempenho baixo na última eleição que disputou — e o cantor sertanejo Gusttavo Lima (12,4%), que manifestou interesse em participar da eleição presidencial.
A diferença fica maior para Haddad em outro cenário, no qual ele aparece com a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, apontada como uma das opções da direita para substituir Jair Bolsonaro (PL), que está inelegível, na disputa. O ministro teria 18,8% das intenções de voto, enquanto Michelle teria 30,2%. A diferença entre eles seria, nessa hipótese, de 11,4%. No primeiro cenário, contra Tarcísio, a diferença seria de 5%. O levantamento desta terça ouviu ao todo 2.010 eleitores entre os dias 13 e 16 de fevereiro e a margem de erro é de 2,2 pontos para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%.
A sucessão de Lula é hoje um dos maiores desafios do PT. A sigla não tem, neste momento, outros quadros com o mesmo capital político do presidente para apresentar como alternativa, caso Lula não tente a reeleição para o quarto mandato. O levantamento desta terça mostra, inclusive, que o presidente perderia caso disputasse o segundo turno com Jair Bolsonaro, que está inelegível por conta de duas decisões da Justiça Eleitoral.