O encontro no Palácio do Planalto que reuniu os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre, da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e governadores com o presidente Jair Bolsonaro, nesta última quinta-feira (21), representou, segundo os senadores, um avanço na tentativa de manter o diálogo e a união entre os Poderes em torno das iniciativas para minimizar os impactos da pandemia pela covid-19.
Pelas redes sociais, os parlamentares declararam apoio ao gesto dos governantes e dos chefes das duas Casas Legislativas ao afirmarem que a iniciativa é necessária diante do enorme desafio imposto ao país.
“O esforço pelo diálogo e o apelo por um trabalho conjunto deram o tom da reunião de hoje entre o presidente Jair Bolsonaro, governadores e os presidentes da Camara dos Deputados e do Senado Federal. Não era sem tempo. A pandemia exige trégua em radicalismos e conflitos. É hora de salvar vidas e empregos”, disse no Twitter o líder do MDB, senador Eduardo Braga (AM).
Também pelo Twitter, o senador Telmário Mota (Pros-RR), comemorou a aproximação dos políticos ao avaliar que o ato é um passo importante no fortalecimento da democracia no Brasil. “Não existe outro caminho, a não ser o da união dos poderes e de todos os entes federados, para juntos, decidirem qual é o melhor caminho para cuidar da vida do nosso povo, nesse momento de pandemia, e também para depois que tudo isso passar”, ressaltou.
Os senadores também elogiaram a participação do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, na reunião e reconheceram sua liderança na condução dos trabalhos legislativos e na mediação junto aos demais poderes.
“Quero saudar e enaltecer o presidente do Congresso Nacional, o jovem líder Davi Alcolumbre. Graças a sua condução equilibrada e sensata do Senado Federal, chegamos a esse momento histórico que reuniu o presidente Jair Bolsonaro, o Congresso Nacional e os governadores. Todo mundo tem de baixar as armas e caminhar em um só rumo pelo Brasil”, reconheceu o senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO) no Twitter.
Para o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), o presidente Davi se destaca por buscar a conciliação em temas de interesse comum, como na aprovação do projeto (PLP 39/2020) de socorro emergencial aos estados e municípios.
“Sou testemunha do seu empenho pessoal em apoiar as pautas em prol do Brasil. Parabéns, presidente Davi Alcolumbre”, declarou o senador ao comentar publicação de Davi sobre a videoconferência desta quinta-feira.
Auxílio aos estados
Durante a reunião, o presidente Bolsonaro informou que vai sancionar o projeto, no entanto pediu apoio dos participantes à manutenção de alguns vetos relativos ao reajuste salarial no serviço público, como explicou o senador Alvaro Dias (Podemos-PR) pelo Twitter.
“Em reunião com governadores, Maia e Alcolumbre, Bolsonaro pede apoio a congelamento salarial de servidores. O projeto aprovado pelo Congresso congela salários até dezembro de 2021 e libera para os estados a definição sobre reajustes para servidores da saúde e segurança. Presidente disse que deve sancionar nesta quinta a ajuda financeira a estados. O encontro sobre coronavírus foi marcado por trégua nos ataques entre poderes e discurso de união”, ressaltou.
No mesmo sentido, o vice-líder do governo, senador Chico Rodrigues (DEM-RR), reconheceu o avanço na busca de uma “unidade no essencial” para aprovação de políticas públicas de enfrentamento à crise.
“O país hoje precisa de entendimento, de aliança, de coalizão. Coalizão que possa melhorar o desempenho de todo o governo, de todo o Poder Legislativo e por que não dizer do Judiciário também? Para que haja unidade no essencial. O que é a unidade no essencial? É exatamente a união de todos para que o Brasil, na verdade, possa sair dessa pandemia com a sua população protegida”, acrescentou no Twitter.
O PLP 39/2020, que prevê ajuda financeira a estados e municípios, foi aprovado pelo Senado no dia 4 de maio e desde então aguarda sanção. A expectativa de governadores e prefeitos é que a medida seja efetivada o quanto antes para que governos e prefeituras possam receber o repasse de R$ 60 bilhões da União e a suspensão do pagamento de R$ 65 bilhões de dívidas.