Para quem pensou em Congresso de direita, adesismo a Lula está acelerado

Na Live UOL desta última sexta (4), o colunista Felipe Moura Brasil comentou o rápido adesismo, por parte do centrão, ao governo do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Os atos nas rodovias minguaram e só serviram para Jair Bolsonaro mostrar algum tipo de força —que não é tanta assim— nesse momento em que ele está murchando. O presidente está isolado, com o Centrão já aderindo ao governo Lula, Valdemar da Costa Neto [presidente do PL] negociando, e Ciro Nogueira [ministro-chefe da Casa Civil] de papo com Geraldo Alckmin [vice-presidente eleito]. O próprio Bolsonaro já se reuniu com ele ontem e o adesismo está sendo muito acelerado”, disse o colunista.

Felipe Moura Brasil falou também sobre a conveniência com a qual age essa fatia do Congresso. “Em geral os políticos no Brasil não têm estofo algum, nem para se colocar como uma direita que defende aquelas posições, com correspondência prática nos atos. Geralmente é um pessoal que age com a conveniência do momento e pode aderir a um eventual governo mesmo que não seja do lado ideológico que diz defender ou que pareça estar.”

“Há um pessoal mais raiz, eleito com o voto ideológico. Esses tendem a permanecer com algumas bandeiras pelo menos, mas aqueles que não são eleitos por voto ideológico —boa parte disso que chamamos de centro e centro-direita— vão fazendo acordões, ganhando ministérios aqui, estatais ali, orçamento secreto lá e vão ficando na base do governo, mesmo que eventualmente disfarçados”, comentou.