Na reunião geral da Frente Nacional dos Prefeitos, o discurso de Lula nesta terça-feira (14) massageou o ego dos chefes dos Executivos municipais que, segundo o presidente, “não devem ter vergonha de ser o que são”. Além do afago à classe política, o petista cutucou segundo Ramiro Brites, da Veja, Jair Bolsonaro (PL), que repetiu durante seu mandato que compôs um “ministério técnico”.
“Eu prefiro um político competente, do que um técnico, porque o político entende um pouco de tudo e, muitas vezes, o técnico não entende de nada. O técnico tem que ter um chefe e esse chefe chama-se o político que tem competência para saber orientar”, disse o presidente nesta terça, em Brasília.
“Se uma vez nós tivemos um presidente que dizia ‘ah, eu não gosto de ser presidente, eu não deveria estar aqui’, eu quero dizer para vocês, eu gosto de ser presidente”, afirmou o presidente em referência a seu antecessor.
“Tem gente que fala: ‘político é tudo ladrão’, mas um político todo ano, a cada quatro anos, ele vai para rua colocar o nome dele em julgamento para ser xingado, para ser avacalhado”, seguiu Lula.
Sobre projetos para as cidades brasileiras, Lula falou de investimento em infraestrutura, retomou as escolas em turno integral, anunciadas na reunião ministerial da manhã desta terça, e disse em iniciar novas obras para gerar empregos nos municípios. Para isso, convidou os prefeitos “que tiverem capacidade de endividamento” a acionarem os bancos públicos.