A pesquisa Datafolha publicada nesta última quarta-feira (12) que mostra Lula como líder da corrida eleitoral foi vista por parte dos petistas como o primeiro sinal concreto de que “o país superou o ódio” ao ex-presidente. Lideranças da sigla creditam, principalmente, à operação Lava-Jato, o crescimento do sentimento anti-PT e anti-Lula entre os brasileiros.
Os números do Datafolha mostram que a rejeição a Lula diminuiu. Em 2016, quando a operação Lava-Jato estava no auge, o ex-presidente teve rejeição entre 57% e 46%. Na pesquisa divulgada hoje, a rejeição a Lula é de 36%, a segunda maior. O líder em rejeição é Bolsonaro, com 54% dos entrevistados afirmando que jamais votariam nele.
– O resultado positivo e a queda da rejeição têm a ver com a esperança do povo em voltar a ter um país com desenvolvimento e direitos. Vimos que tudo que a Lava-Jato fez para retirar Lula e o PT da disputa eleitoral não fez bem para o Brasil. O legado que sobrou é Bolsonaro na presidência, desemprego e empresas quebradas – disse a presidente da sigla e deputada federal Gleisi Hoffmann.
A pesquisa mostra que Lula tem 41% das intenções de voto para a eleição presidencial de 2022, contra 23% do presidente Jair Bolsonaro. Se ambos forem ao segundo turno, o petista venceria por 55% a 32%.