O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), deputado estadual Adolfo Menezes (PSD), afirmou nesta última segunda-feira (12) que a morte do economista Antônio Delfim Netto representa o fim de uma época em que o pensamento conservador tinha referências no Brasil. A declaração foi dada em uma moção de pesar apresentada no parlamento baiano, por meio da qual o chefe do Legislativo estadual lamentou o falecimento do ex-czar da economia brasileira, Delfim Netto.
“O ex-ministro e ex-deputado federal era um formulador de conceitos econômicos e políticos que tinha o respeito de setores da direita liberal e até da esquerda, mesmo dos que divergiam das suas ideias”, frisou Menezes.
De acordo com o presidente da ALBA, Delfim Netto fez parte de uma era, a pós-ditadura, na qual o debate de ideias passava longe de uma polarização vazia e fundamentada apenas nas redes sociais e nas fake news. “É fato que serviu ao regime militar que durou 21 anos, quando comandou a economia do Brasil, mas é notório, também, que no período democrático que se seguiu foi uma voz sempre presente nas grandes questões nacionais, conselheiro de FHC, Lula e Dilma”, destacou Adolfo Menezes.
Em sua longa carreira na política, o professor Delfim Netto foi ministro da Fazenda entre os anos de 1967 e 1974. Também foi ministro do Planejamento entre 1979 e 1985, ministro da Agricultura em 1979, embaixador do Brasil na França de 1975 até 1977, e deputado federal eleito por São Paulo por cinco mandatos. Ele faleceu na madrugada desta segunda-feira, aos 96 anos, no Hospital Albert Einstein, em São Paulo (SP), de complicações no quadro de saúde.