Mesmo em meio à guerra interna partidária, a ministra do Turismo, Daniela Carneiro, cogita permanecer no União Brasil até 2026. Ela entrou no TSE, junto com outros deputados, pleiteando o direito de se desfiliar sem risco de perder o mandato, mas ontem afirmou não ter pressa de deixar a legenda.
A informação é de Paulo Cappelli, do Metrópoles.
Isso acontece por dois motivos. Primeiro porque seu marido, Waguinho, já deixou o União e se filiou ao Republicanos. Por não ser deputado, Waguinho pôde trocar de sigla sem ameaça de incorrer em infidelidade partidária.
Com o comando do partido no Rio de Janeiro, ele já estrutura os diretórios municipais de modo a contemplar Daniela e os demais deputados insatisfeitos. A crise com a direção nacional do União teve como epicentro a disputa pelo comando de diretórios regionais.
O segundo motivo é que, ao permanecer no União Brasil, Daniela busca se blindar de Luciano Bivar, presidente da sigla, que tenta reivindicar para si o ministério. Ele alega que o cargo estaria na cota do partido. Aliados de Daniela, contudo, afirmam que Bivar não tem cacife junto a Lula para derrubá-la da pasta.
Esses fatores fazem com que Daniela estude só deixar a sigla em 2026, com a abertura da janela de transferências. Seu partido, já definido, será o Republicanos, o mesmo do marido.
Permanecendo no União Brasil, Daniela inibe pressões sobre Lula para fazer mudança no ministério.