Eleitores do município de Camamu, no Baixo Sul da Bahia, são quase unânimes em afirmar que não deveria ocorrer a eleição suplementar, realizada neste domingo (1°).
Segundo publicação no Bahia Notícias, o yalorixá Roseane Nascimento Santos afirmou que o processo pode gerar mais problemas para a gestão do município caso entre um novo gestor. Porém, segundo ela, como tem que acontecer, está “sendo boa”.
“A minha opinião é que não deveria ter porque é um desgaste para o município, mas a Justiça achou que era o melhor”, disse. A mãe de santo que já trabalhou de emprega doméstica lamentou o fato de o custo do pleito sair por R$ 133 mil. “O município poderia empregar esse dinheiro em outras áreas, como saúde, educação e turismo, ou seja, no desenvolvimento de Camamu”, declarou ao acrescentar que gostou de a ex-prefeita Ioná Magalhães apoiar o candidato Enoc.
O morador, identificado como Benedito, criticou a atuação da ex-prefeita Ioná no processo eleitoral. Ele avaliou também a eleição suplementar como “péssima” para a cidade. “Isso é péssimo. Quem causou essa eleição foi Ioná porque ela não poderia ser candidata, mas mesmo assim deu continuidade ao processo”, reclamou. O eleitor disse que o eleito, “seja ele quem for”, deve melhorar a cidade que estaria “entregue às traças”. Benedito lamentou também que com a judicialização das eleições, recursos que poderiam ser investidos na gestão serviram para custos “com advogados”.
Outro eleitor ouvido conforme publicou o Bahia Notícias, declarou que saiu de casa para votar como forma de evitar a vitória de um dos candidatos, o que deixaria os sem-teto e sem-terra “quebrados”.