A polêmica sobre o “voo repentino” para os EUA, que teria servido para evitar depoimento à Polícia Federal, ganhou um novo capítulo. A saída à francesa de Olavo de Carvalho do Brasil envolveu compra de passagens em dinheiro, viagem de carro até o Paraguai e cruzamento da fronteira sem passar pela imigração. As informações são da Folha de S.Paulo.
No dia 9 de novembro, Olavo de Carvalho foi intimado a depor no inquérito sobre a existência de milícias digitais. Para justificar o não comparecimento, o guru bolsonarista alegou problemas de saúde.
Um dia depois, a esposa do escritor, Roxane Andrade de Souza, comprou duas passagens, em dinheiro, para Miami com saída de Assunção, no Paraguai, previstas para o dia 10.
No dia marcado para o embarque, Olavo saiu sem avisar o hospital em que estava internado. O estabelecimento registrou a sua partida como “evasão do paciente”.
Após deixar o local, o casal remarcou as passagens para o dia 13 de novembro. Eles viajaram de carro até o Paraguai e não passaram pela imigração ao sair do Brasil.
Ao chegar no estado da Virgínia, Estados Unidos, Olavo de Carvalho divulgou um vídeo no seu canal do YouTube, no dia 16 de novembro, no qual afirmou que estava no hospital quando recebeu uma oferta de “voo repentino”.
“Eu estava no hospital e me ofereceram um voo repentino para dali a 15 minutos. Eu não ia perder essa oportunidade”, disse no vídeo.
Olavo também disse que por causa da pressa não teve a chance de se despedir dos médicos e enfermeiros. “O pessoal chama de saída à francesa.”