O Papa Francisco teve uma crise respiratória asmática prolongada na manhã deste sábado (22), precisou fazer transfusão de sangue e receber oxigênio em altas taxas. O mais recente boletim médico, divulgado pelo Vaticano na tarde deste sábado no horário de Brasília, aponta que o Pontífice está pior do que ontem , continua com quadro crítico de saúde crítico, e”não está fora de perigo”.
Os exames de sangue evelaram uma plaquetopenia — diminuição do número de plaquetas no sangue — associada a uma anemia. Por isso a administração de transfusão de sangue. De acordo com o informe de saúde anterior, divulgado pela Santa Sé neste mesmo sábado, pela manhã, o Papa teve uma noite de sexta tranquila.
“O Santo Padre continua vigilante e passou o dia na poltrona, embora mais sofrido do que ontem”, diz o comunicado.
O Papa Francisco, de 88 anos, foi internado há oito dias após uma sequência de problemas respiratórios, evidenciados inclusive em eventos públicos. Os médicos o diagnosticaram com uma infecção polibacteriana na segunda-feira e com uma pneumonia nos dois pulmões na quarta, o que exigiu um tratamento mais intensivo devido à sua “condição clínica complexa”.
O Pontífice, que foi internado quatro vezes nos últimos quatro anos, já enfrentou uma pneumonia, em março de 2023, que lhe rendeu uma hospitalização de urgência, e foi determinada como uma forma “aguda e grave” da doença, “localizada na parte inferior dos pulmões”. Na época, em conversa com repórteres após sua alta, afirmou ter se lembrado do que lhe disse um fiel anos antes: “Padre, eu vi a morte chegando, e ela é feia, hein!”.
Nos dois anos seguintes, a saúde do argentino se deteriorou, com acidentes domésticos e os problemas nos joelhos e quadris, fazendo com que precisasse se locomover uma cadeira de rodas, enquanto ostentava uma aparência cada vez mais cansada. As baixas temperaturas na Itália também propiciam mais doenças respiratórias, o que fez com que os médicos, de acordo com a agência Ansa, lhe recomendassem evitar qualquer tipo de contato com o ar fresco nesses meses de inverno.
Em 2024, mesmo com problemas de saúde, ele fez uma viagem de 12 dias por quatro países da Ásia e Oceania, a maior de seu papado em duração e distância. No ano passado, o Vaticano afirmou que ele tem a intenção de viajar à Turquia este ano e, antes da internação, tinha prevista uma intensa agenda relacionada ao Ano do Jubileu da Igreja Católica. Seus próximos eventos públicos foram cancelados.