O papa Francisco dissolveu neste sábado (3) conforme a Reuters, a liderança da Ordem de Malta, organização religiosa católica global e também grupo humanitário, e instalou um governo provisório antes da eleição de um novo Grand Master.
A mudança, cujo papa promulgou em decreto, vem após cinco anos de debates muitas vezes amargos dentro da ordem e entre alguns dos principais membros da velha guarda e do Vaticano sobre uma nova constituição, que alguns temem enfraquecer sua soberania.
O grupo, cujo nome formal é Ordem Soberana e Militar Hospitalar de São João de Jerusalém, de Rodes e de Malta, foi fundado em Jerusalém há quase 1.000 anos para prestar assistência médica aos peregrinos na Terra Santa.
A organização agora possui um orçamento multimilionário, 13.500 membros, 95.000 voluntários e 52.000 equipes médicas que administram campos de refugiados, centros de tratamento de drogas, programas de emergência em desastres e clínicas em todo o mundo.
A ordem tem sido muito ativa no auxílio a refugiados ucranianos e vítimas de guerra.
O grupo não tem território real além do palácio e escritórios em Roma e um forte em Malta, mas é reconhecido como uma entidade soberana com seus próprios passaportes e placas de licença.