O caso da compra dos 300 respiradores no valor de R$49 milhões que não foram entregues ao Consórcio Nordeste está se desenrolando e o deputado estadual Marcelinho Veiga (PSB) defendeu a atuação do governador Rui Costa (PT) no processo. Nesta última quinta-feira (18), o vice-líder do governo na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) aponta que a crise sanitária gerou outras crises em diferentes setores, inclusive nas relações comerciais. Marcelinho quer, por exemplo, o envolvimento da Polícia Federal no caso.
“Com a pandemia do novo coronavírus, golpes estão sendo aplicado em todos os setores. E foi isso que aconteceu, em síntese, com a questão dos respiradores. Defendo a operação conjunta das polícias dos estados nordestinos, mas também a participação da PF. É preciso investigar ainda mais para que o prejuízo que a Bahia teve, de aproximadamente R$10 milhões, seja revisto, ou os 60 respiradores apareçam. Estamos enfrentando um vírus desconhecido para todos e golpes como esse, dificultam a atuação, a empresa tem de ser responsabilizada e quem mais estiver envolvido”.
Veiga frisa que os aparelhos, comprados de forma emergencial, já estavam com valores bem acima do mercado, ao custo de R$160 mil por cada respirador. Ele aponta que isso já é indício de outro golpe da empresa fornecedora. “Se aproveitam do momento para vender com valores altíssimos e, como é fundamental o aparelho para salvar vidas, os gestores não poupam esforços”, completa.