domingo 22 de dezembro de 2024
Presidente do Panamá, José Raúl Mulino - Foto: Divulgação
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quarta-feira 7 de agosto de 2024 às 10:11h

Panamá propõe cúpula de líderes para analisar situação na Venezuela

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O presidente do Panamá, José Raúl Mulino, propôs, nesta última terça-feira (6), a convocação de uma cúpula de líderes para abordar o impasse político na Venezuela. A ideia, segundo ele, é debater a apuração das eleições de julho – que registrou vitória do presidente Nicolás Maduro –, assim como mais ações que apoiem a democracia no país.

“Pedi ao Ministro das Relações Exteriores, Martínez Acha, que conversasse com seus homólogos da região sobre a convocação de uma reunião de Presidentes no Panamá para abordar a questão da Venezuela e ensaiar mais ações que apoiem a democracia e a vontade popular do país. Espero que a proposta seja aceita em breve”, disse.

A sugestão de Mulino acontece em meio ao aumento da violência na Venezuela. Isso porque, na contagem do Conselho Nacional Eleitoral, Maduro aparece 52,21% dos votos, ante 44,2% de Edmundo González, principal concorrente. A oposição contesta os números e alega fraude na apuração, afirmando ter provas da vitória de González no pleito.

A apuração também é questionada por governos internacionais, incluindo Panamá, Estados Unidos, Reino Unido, Chile, Argentina, Uruguai, Equador, Peru e Colômbia, além da União Europeia. Todos pedem a divulgação das atas – boletins das urnas –, responsáveis pela veracidade da contagem de votos. O mesmo foi solicitado pelo Brasil.

Em meio à repercussão, os moradores saíram às ruas em protesto. Os atos se estenderam por todas as regiões do país, provocando confrontos com policiais e a deterioração do patrimônio público, como as estátuas relacionadas ao regime de Maduro. Até o momento, segundo o governo, mais de 2,2 mil pessoas já foram presas.

Na última semana, Maduro prometeu penas de até 30 anos de prisão para os manifestantes, dizendo que “não haverá perdão”. Ele disse que todos serão encaminhados para presídios de segurança máxima, onde “pagarão pelos crimes perante o povo”.

Auditoria no Supremo

As acusações de fraude fizeram Maduro solicitar uma auditoria pelo Supremo Tribunal de Justiça – alinhada ao presidente. Ao receber o pedido, a Corte convocou todos os candidatos presidenciais para participar da verificação de votos. González, no entanto, precisou ser convocado pela segunda vez, já que não compareceu na primeira sessão, na última semana. Ele teme que seja preso ao ir à Corte.

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