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domingo 1 de maio de 2022 às 08:35h

Palanques provocam desgaste dos presidenciáveis nos seus estados

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As negociações dos presidenciáveis para formar palanques nos estados enfrentam impasses inclusive nos locais de origem dos candidatos e provocam desgastes nas candidaturas.

No Rio de Janeiro, berço político do presidente Jair Bolsonaro (PL), aliados do governo criticam as alianças do governador Cláudio Castro (PL). Uma pesquisa Genial/Quaest divulgada no fim de março mostrou que Lula (PT) lidera a intenção de votos no Rio, com 39% – à frente de Bolsonaro, com 31%. A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais. Conforme a revista Veja, no entorno de Castro circulam pessoas ligadas a Lula, como os deputados e ex-secretários Aureo Ribeiro, do Solidariedade, e Max Lemos, do Pros, André Ceciliano, petista que preside a Assembleia Legislativa, e prefeitos da Baixada Fluminense.

Em São Paulo, base política de Lula, a disputa entre o petista e o presidente está cada vez mais apertada. Levantamento da XP/Ipespe divulgado em 11 de abril mostra Lula com 34% e Bolsonaro com 30%, empatados tecnicamente, uma vez que a margem de erro é de 3,2 pontos percentuais. O PT decidiu lançar a candidatura de Fernando Haddad para o governo, depois de embates com o principal aliado, o PSB, que queria emplacar o nome de Márcio França.

O mesmo levantamento mostrou João Doria (PSDB) em quarto lugar em São Paulo, com 6% das intenções de votos. A pesquisa foi feita apenas alguns dias após o tucano deixar o governo do estado para concorrer à Presidência. O desgaste de Doria em São Paulo aumentou justamente perto do limite do prazo para a desincompatibilização do cargo, no fim de março. Doria chegou a cogitar a possibilidade de não sair da cadeira e irritou aliados por ameaçar o acordo que já estava fechado com seu vice, Rodrigo Garcia, também do PSDB.

No Ceará, Ciro Gomes (PDT) enfrenta problemas para montar palanque. Seu partido vive uma rivalidade interna pela cabeça de chapa para a eleição estadual. Disputam o posto a governadora Izolda Cela, que assumiu o governo em abril após a renúncia de Camilo Santana (PT) para concorrer ao Senado, e o ex-prefeito de Fortaleza Roberto Cláudio. Não há pesquisas recentes que reflitam a intenção de votos para presidente no Estado.

Embora tenha suspendido a pré-campanha presidencial ao trocar o Podemos pelo União Brasil, o ex-juiz Sergio Moro também vivia um impasse na formação de um palanque sólido em seu estado natal, o Paraná. Ainda de acordo com a Veja, a saída do presidente estadual da sigla Cesar Silvestri Filho para filiar-se ao PSDB implodiu as potenciais alianças regionais do ex-magistrado e acabou por criar um palanque não-programado para a campanha de Dória. Antes de interromper sua participação na corrida presidencial, Moro amealhava 11,9% dos votos entre os paranaenses, segundo pesquisa Radar Inteligência, contra 34% de Lula e 32,4% de Bolsonaro. Na tentativa de se viabilizar politicamente, Sergio Moro transferiu o domicílio eleitoral para São Paulo.

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