Depois de 40 anos dos primeiros casos de HIV em seres humanos, ainda não há uma vacina contra a doença, mas já há estratégias de países para reduzir a incidência da doença.
A Unaids, programa conjunto das Nações Unidas sobre o HIV/AIDS, publicou segundo Bruno Pavan, da revista IstoÉ, um relatório em 2021 apontando alguns exemplos de países que conseguiram realizar uma política eficiente somando o acesso a testes de HIV, medicamentos para prevenir o HIV, política de redução de danos e acompanhamento consistente e de qualidade.
Muitos países conseguiram, por meio de diversas políticas, praticamente acabar com os casos de HIV. A Austrália, com um histórico longo neste assunto, tem somente 633 casos da doença atualmente. Suécia, Noruega e Tailândia são outros exemplos de sucesso.
Países que se comprometeram com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU tem como propósito erradicar a doença do mundo até 2030.
Contudo, a situação do HIV referente às mulheres da África subsaariana segue sendo muito delicada. De acordo com a Unaids, seis em cada sete novas infecções por HIV entre adolescentes de 15 a 19 anos na região são entre meninas. As doenças relacionadas com a AIDS continuam a ser a principal causa de morte entre as mulheres com idades compreendidas entre os 15 e os 49 anos na África Subsariana.
Mortes caíram
O relatório também apontou que o número de pessoas em tratamento mais do que triplicou desde 2010. Em 2020, 27,4 milhões dos 37,6 milhões de pessoas vivendo com HIV estavam em tratamento, contra apenas 7,8 milhões em 2010. Estima-se que o tratamento de qualidade tenha evitado 16,2 milhões de mortes desde 2001.
As mortes relacionadas à AIDS caíram 43% desde 2010, para 690.000 em 2020. A redução de novas infecções por HIV foi de 30% desde 2010, com 1,5 milhão de pessoas recém-infectadas com o vírus.
“O financiamento adequado dessas políticas, junto com envolvimento genuíno da comunidade, abordagens multissetoriais e baseadas em direitos e o uso de evidências científicas para orientar estratégias focadas, reverteram suas epidemias e salvaram vidas. Esses elementos são inestimáveis para a preparação e respostas pandêmicas contra HIV, Covid-19 e muitas outras doenças”, disse Winnie Byanyima, Diretora Executiva da entidade.