A situação da população de rua que reside no Centro Histórico será alvo de debate no evento “Conexão Centro Histórico – Fronteiras dos Direitos Humanos e da Cidadania”, que acontece nesta terça-feira (03), no Teatro Gregório de Mattos, das 14h às 18h. De acordo com um recente levantamento feito pela Diretoria de Proteção Social Especial, que integra a Secretaria de Promoção Social e Combate à Pobreza (Sempre), 38% das pessoas em situação de rua atendidas na região declararam fazer uso frequente de drogas ilícitas, sendo o crack a substância mais utilizada.
O debate visa fortalecer a rede de autoridades competentes e definir responsabilidades sobre as questões acerca das pessoas que vivem no Centro Histórico. Promovido pela Diretoria de Gestão do Centro Histórico, vinculada à Secretaria de Cultura e Turismo (Secult), o evento terá a presença de autoridades vinculadas a diversos órgãos públicos, a exemplo do Ministério Público da Bahia.
Para a diretora de Gestão do Centro Histórico, Eliana Pedroso, o encontro tem o objetivo de despertar a consciência coletiva sobre os direitos e deveres de cada uma das instituições e suas interseções junto aos órgãos municipais e de segurança que atuam na defesa do cidadão. “Queremos estreitar uma linha de cooperação que nos traga ações efetivas. Durante a tarde de trabalho vamos tratar de questões pertinentes aos moradores de rua, dependentes químicos, pessoas com doença mental que peregrinam pelo Centro Histórico e problemas de pessoas que cometem delitos na região”, assinala.
O encontro terá a presença de representantes de outras secretarias municipais, a exemplo da Sempre, Secretaria da Saúde (SMS) e Guarda Civil Municipal (GCM). Participam da mesa de discussão a promotora do Ministério Público da Bahia e coordenadora do Centro de Apoio Operacional dos Direitos Humanos (CAODH), Márcia Teixeira, a coordenadora de Proteção aos Direitos Humanos da Defensoria Pública da Bahia, Eva Rodrigues, o presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Salvador, Renildo Barbosa, e o presidente da Comissão dos Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (seção Bahia), Jerônimo Mesquita. O evento é aberto ao público.