O ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, fez um gesto “corajoso” ao desistir de disputar a reeleição.
“Biden tomou a atitude correta que se espera de um presidente de uma das nações mais poderosas do mundo: deixar de lado egos ou interesses pessoais, em nome de um projeto maior”, afirmou Padilha à Coluna do Estadão.
O presidente dos EUA recuou após ser pressionado por seu próprio partido e doadores de campanha, preocupados com pesquisas mostrando Donald Trump como favorito para retornar à Casa Branca.
Na avaliação do governo Lula, que torce pela vitória dos democratas no confronto com os republicanos, a eventual substituição de Biden pela vice Kamala Harris pode ajudar a derrotar a extrema direita, representada por Trump. O ex-presidente Jair Bolsonaro é aliado de Trump e, após o atentado sofrido por ele, no último dia 13, disse que o veria na cerimônia de posse.
Com a desistência de Biden, a oposição aproveitou para provocar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas redes sociais. “Biden EUA está fora! Quando o Biden brasileiro vai sair?”, escreveu o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) no X (antigo Twitter).
Houve também nas redes muitos comentários de cunho etarista, lembrando que Lula terá a mesma idade de Biden (81 anos), em 2026, quando pretende concorrer a novo mandato. Bolsonaro está inelegível até 2030, por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e, até agora, o nome mais bem posicionado nas pesquisas para substituí-lo na disputa de 2026 ao Palácio do Planalto é o do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. Como mostrou o Estadão, Tarcísio, está hoje está no Republicanos, mas deve migrar para o PL.