O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), tem sido apontado por ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) segundo Bela Megale, do O Globo, como um bom nome para integrar a corte.
A avaliação, porém, é que o melhor momento para uma possível indicação do senador seria a abertura de uma terceira vaga, pois ele já estaria fora da presidência do Senado. A abertura de uma cadeira no Supremo se daria em um cenário de aposentadoria antecipada de Luís Roberto Barroso para 2025.
O ministro assume a presidência do STF neste ano e ficará no cargo por dois anos. Circula entre membros do Judiciário e do governo Lula a possibilidade de que ele deixe a corte após esse mandato, ao invés de seguir no posto até 2034, quando completa 75 anos.
Em entrevista ao jornal O Globo na semana passada, o ministro Gilmar Mendes disse que “seria bom que tivéssemos nomes como o de Rodrigo Pacheco no Supremo”. Segundo membros de cortes superiores, o ministro Alexandre de Moraes já externou, nos bastidores, simpatia pelo nome de Pacheco.
Além disso, a indicação de Pacheco é vista como um gesto para prestigiar a classe política e o Senado, Casa onde Lula tem base pouco sólida.
A aproximação do presidente do Senado com o STF se deu, em especial, no governo Bolsonaro, quando ele atuou em sintonia com a corte para frear as investidas golpistas do então presidente. No mês passado, Moraes, que também é presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), condecorou Pacheco com uma medalha por sua atuação na defesa à democracia.=
Aliados políticos do senador, entretanto, defendem que ele siga na vida política e concorra ao governo de Minas Gerais em 2026.