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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco Waldemir Barreto/Agência Senado
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segunda-feira 30 de janeiro de 2023 às 19:07h

Pacheco acena com acordo ao PL para barrar candidato de Bolsonaro

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Segundo o colunista do UOL, Tales Faria, o candidato à recondução como presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) está acenando ao PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, com acordos para barrar Rogério Marinho (PL-RN), que é o candidato do bolsonarismo ao cargo.

O atual presidente do Senado fez chegar à direção do PL que, se Marinho insistir na candidatura e for derrotado, a legenda pode ficar sem nenhum cargo na Mesa Diretora.

As eleições para presidente do Senado e membros da Mesa Diretora estão previstas para esta quarta (1º) e quinta-feira (2). Pacheco e Marinho travam o principal duelo. O terceiro candidato, Eduardo Girão (Podemos-CE) é tido como antecipadamente derrotado.

De acordo com o Regimento Interno, a composição da Mesa deve respeitar “tanto quanto possível” a representação proporcional dos partidos e blocos que atuam no Senado. O cálculo da proporcionalidade leva em conta o tamanho das bancadas na data da diplomação.

Mas a composição acaba seguindo a distribuição interna das chapas que concorrem aos cargos da Mesa. Em geral, as chapas seguem a proporcionalidade das bancadas, exceto quando não haja acordo.

O PL elegeu a maior bancada de senadores. Com isso, o partido teria direito à primeira escolha, se fechasse chapa com Rodrigo Pacheco. Mas, como o PL terá candidato próprio, Pacheco poderá não respeitar a proporcionalidade.

Foi o que ocorreu em 2019, quando Renan Calheiros (MDB-AL) perdeu para Davi Alcolumbre (União-AP) a disputa pela presidência do Senado.

O MDB tinha a maior bancada, mas a derrota levou o partido a perder a primazia. Teve que aceitar um cargo secundário na Mesa Diretora, a Segunda Secretaria, que ficou para o senador Eduardo Gomes (MDB-TO).

Pacheco acenou para o PL que, se o partido derrubar a candidatura de Rogerio Pacheco, ele está disposto a dar uma posição relevante à sigla na composição da Mesa Diretora. Nesse caso, nem precisaria que Marinho desistisse da candidatura. Basta que a bancada não vote nele maciçamente, o que selaria a sua derrota.

Junto com o recado, Pacheco também tenta conquistar individualmente votos no PL. Os aliados do presidente do Senado dizem que ele já costurou acordos que lhe garantem o apoio de quatro integrantes do partido de Bolsonaro.

Já os bolsonaristas afirmam que a contagem do presidente do Senado está longe da realidade. Dizem que não haverá defecções no PL. E que, ao contrário, as traições serão em maior quantidade entre os aliados de Rodrigo Pacheco e do governo.

Hoje, se somarmos a expectativa de votos dos dois candidatos, haveria na Casa 100 senadores, e não os 81 que de fato existem. Os aliados de Pacheco contam ter 55 votos, e os de Marinho, 45. Como a votação é secreta, o jeito é esperar para ver o resultado e saber que foi mais traído.

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