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sexta-feira 28 de agosto de 2020 às 18:33h

Ouvidora da Câmara Municipal se pronuncia sobre recadastramento do SUS e critica a Prefeitura

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A Ouvidora da Câmara Municipal pediu responsabilidade e maior atenção maior às políticas públicas

“A população amanheceu aterrorizada com esse aviso. É preciso ter mais responsabilidade com os prazos institucionais para que as pessoas não corram riscos na fila de postos”, comentou a vereadora Aladilce (PCdoB) sobre o recadastramento do SUS em Salvador. A Prefeitura lançou comunicado por redes sociais e pela TV na tarde de quinta-feira (27) para o prazo inicial do dia 31 de agosto, o qual foi prorrogado para 30 de setembro após reivindicações.

Uma delas veio por meio da Ouvidoria da Câmara, órgão que Aladilce está à frente. Ainda na quinta ela enviou ofícios ao Prefeito e ao Secretário de Saúde cobrando esclarecimentos sobre o assunto, e também se manifestou na imprensa. Com as cenas de aglomeração nas filas de postos que aconteceu hoje, Aladilce criticou a ação da Prefeitura. “Está claro que houve uma falha enorme em não avisar a população com antecedência. Deixaram para alertar em cima da hora, sendo que já sabiam desse prazo com bastante antecedência”, comentou.

“A Ouvidoria da Câmara vai acompanhar esse caso, e não vamos aceitar que se provoque aglomeração numa cidade em que os números da COVID continuam altos. O correto seria criar uma estrutura para pode evitar aglomeração, como aconteceu na manhã de hoje. Filas enormes, um absurdo”, pontuou a Ouvidora. “As pessoas estão apavoradas achando que se não conseguirem se recadastrar não terão direito à assistência do SUS. É preciso que a Prefeitura deixe claro que o SUS não pode negar atendimento a ninguém, principalmente por uma falha de gestão”, reitera.

Aladilce também pontuou sobre a realidade das pessoas de rua, tema de audiência virtual que contou com o apoio da Ouvidoria. “Muitos moradores de rua, além de não ter endereço, não tem documentos. Como ficarão diante dessa situação, se estão exigindo até certidão de nascimento? É necessário um olhar cuidadoso com os mais vulneráveis, e uma revisão dos documentos exigidos. Precisamos também discutir amplamente o objetivo desse cadastramento para que não tenhamos retrocesso na saúde”, finaliza.

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