Em seu primeiro discurso no plenário do Senado após a Polícia Federal articular um plano do crime organizado para sequestrá-lo, o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) disse que a articulação seria originária do Primeiro Comando da Capital (PCC) e que seria uma retaliação ao seu trabalho como juiz federal e ministro da Justiça entre 2019 e 2020.
“E os fatos de hoje revelam uma ousadia que, se não maior, é igualmente assustadora. Desconheço, na história da República, o planejamento de organizações criminosas desta natureza contra promotor do caso que investiga o PCC, mas especialmente contra um senador da República”, disse, no púlpito do Senado. ” E a minha avaliação em relação ao crime organizado: ou nós os enfrentamos, ou quem vai pagar não vão ser só as autoridades, mas também a sociedade.”
Ele defendeu a aprovação de um projeto de lei para criminalizar o planejamento de ações do crime organizado, como atentados às autoridades e investigadores.
Antes, ele se disse “alarmado com essa escalada que estamos vendo do crime organizado no Brasil”. O ex-ministro repisou pontos que veio apresentando durante o dia:
“Estamos assistindo atônitos esses ataques à sociedade civil. No Rio Grande do Norte, ataques que na verdade tem características terroristas, não sendo próprio de organizações criminosas assim procederem”, continuou.