O ouro fechou em alta nesta quinta-feira (15), após a divulgação de uma série de dados dos Estados Unidos reforçar expectativa de cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). No entanto, a perspectiva de que esse relaxamento será menos agressivo fortaleceu o dólar e os juros dos Treasuries, limitando os ganhos do metal precioso.
O ouro para dezembro fechou em alta de 0,51%, a US$ 2.492,40 por onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).
A nova bateria de indicadores de emprego, indústria e varejo dos EUA afastou preocupações do mercado sobre uma possível recessão iminente, ao mesmo tempo em que consolidou expectativas de cortes de juros pelo Fed, embora em ritmo menos agressivo.
Esse cenário complexo pesou sobre o ouro – que teve atratividade minada pelo salto do dólar e dos juros dos Treasuries – e chegou a apagar temporariamente os ganhos do metal precioso durante a sessão.
Contudo, a Allegiance Gold pondera que as tensões geopolíticas e a recente volatilidade do mercado devem continuar a atrair os investidores para o ouro. “Com um potencial corte de taxa no horizonte, prevemos queda nos rendimentos de vários ativos, tornando o ouro ainda mais atraente”, destaca a empresa.
Em relatório, o Julius Baer reiterou sua visão “construtiva” sobre o ouro e a prata, projetando que a demanda chinesa deve voltar a acelerar eventualmente e impulsionar os preços. Mas o banco suíço alerta que uma recessão da economia nos EUA é necessária para um rali significativo do ouro.