O ouro voltou a renovar máxima de fechamento nesta segunda-feira (3) em meio ao aumento da demanda por ativos porto-seguro, a medida que investidores digerem os planos tarifários do presidente dos EUA, Donald Trump. O ouro para abril avançou 0,77%, a US$ 2.857,10 por onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).
A presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, disse nesta segunda que Trump concordou em suspender as tarifas sobre o México por um mês após uma conversa telefônica, depois que os dois líderes concordaram em tomar medidas conjuntas para combater o tráfico de fentanil na fronteira com os EUA.
O acordo entre os vizinhos, contudo, não foi suficiente para dissipar a aversão ao risco do mercado. Segundo o JPMorgan, as tarifas americanas apontam para uma abordagem política muito mais disruptiva, com maiores preocupações com o crescimento econômico e riscos de inflação mais altos, o que impulsiona o apelo pelo metal precioso.
A própria ameaça tarifária provocou uma alta no ouro desde o início de dezembro, disse o diretor de pesquisa da BullionVault, Adrian Ash. Agora, o crescimento da probabilidade de uma guerra comercial liderada pelos EUA está impulsionando ainda mais os preços do metal dourado.
“O ouro comprado continua sendo nossa recomendação de negociação de maior convicção em todas as commodities”, afirmam os analistas do Goldman Sachs, reiterando uma previsão de preço de US$ 3.000 por onça troy para o segundo trimestre de 2026.