O ouro acelerou alta e renovou maior nível histórico de fechamento nesta quinta-feira, 17. O metal precioso se valorizou com a rodada de dados macroeconômicos de emprego, varejo, indústria e construção dos EUA, além de novas tensões geopolíticas no Oriente Médio.
Nesta quinta, o ouro para dezembro fechou em alta de 0,60%, a US$ 2.707,50 por onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex). O metal chegou a ser negociado a US$ 2.712,70 por onça-troy durante a sessão.
Novos dados divulgados nesta quinta mostram a perspectiva de resiliência da economia americana e apontam para ritmo moderado de redução de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). A produção industrial recuou 0,3% em setembro, ante previsão de recuo menor, de 0,1%. E os pedidos de auxílio-desemprego na última semana caíram 19 mil.
Como os preços do ouro atingiram novos recordes nesta semana, a alta parece ser impulsionada principalmente pelo humor do mercado, diz o Bank of America (BofA), em análise. “Esse cenário aumenta o risco de retrocessos de curto prazo, mas acreditamos que eles serão tratados como oportunidades de compra, já que o cenário fundamental de longo prazo para o ouro permanece sólido.”
O metal também continua a ser um refúgio seguro em meio ao agravamento das tensões no Oriente Médio. O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, confirmou nesta quinta que as tropas israelenses em Gaza mataram o principal líder do Hamas, Yahya Sinwar.
Na quarta-feira, as autoridades de Hong Kong declararam planos para transformar a região em um centro de comércio de ouro, e o metal precioso está se tornando cada vez mais popular entre as economias em desenvolvimento que buscam diversificar suas reservas estrangeiras, afirmam os analistas da SP Angel em uma nota.