O ouro fechou em alta e registrou ganhos de mais de 2% na semana, após o mercado ampliar expectativa por cortes de juros do Federal Reserve (Fed) em 2024. Investidores digerem a desaceleração na geração de empregos, junto a uma série de dados macroeconômicos publicados nesta semana.
O ouro para agosto fechou em alta de 1,19%, em US$ 2.397,70 a onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex). Na comparação semanal, houve ganhos de 2,48%.
O ouro encerrou sua segunda semana consecutiva de ganhos, conforme o enfraquecimento do mercado de trabalho e do setor de serviços alimenta expectativas pelo início da flexibilização monetária do Fed, avalia o analista de Mercados da XTB MENA, Milad Azar. Em nota, Azar nota que o metal precioso recebeu impulso particularmente da baixa intensa nos juros dos Treasuries e do dólar, tomando a preferência na busca por ativos seguros diante das incertas geopolíticas e macroeconômicas em nível global.
Hoje, o principal relatório de empregos dos EUA (payroll) veio acima da mediana de analistas em junho, ao apontar criação de 206 mil empregos, mas teve revisão significativa para baixo nos números de maio e abril. O resultado parece confirmar a desaceleração do mercado de trabalho, embora ainda demonstre força em outros subíndices – o que, na visão do CIBC, dá algum espaço para o Fed esperar antes de cortar juros.
Para o Commerzbank, as decisões do BC americano dependerão da performance da economia durante o verão do Hemisfério Norte. Se houver confirmação da fraqueza, discussões sobre cortes de juros devem ganhar força. Antes do payroll, o banco alemão previa uma redução somente em dezembro, projetando que isso pressionaria os preços do ouro, e agora vê risco de uma antecipação da flexibilização monetária.