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quarta-feira 24 de fevereiro de 2021 às 15:54h

Otto defende vacina para retomada da economia

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A prioridade da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado deve ser discutir os efeitos da pandemia de covid-19 sobre o Orçamento Geral da União. A afirmação é do novo presidente, senador Otto Alencar (PSD), eleito na terça-feira (23), por aclamação, para comandar os trabalhos da CAE, que terá o senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO) como vice-presidente no biênio 2021-2023.

Para o parlamentar pela Bahia, toda a cadeia econômica foi “sensivelmente abalada com a pandemia” de coronavírus. Em sua opinião, o Brasil atravessa um “momento muito dramático”, que só será revertido com a vacinação da população. “Não tem como haver recuperação da economia sem solução da crise sanitária profunda que atravessa o país. Não há como o Poder Executivo não ultrapassar barreiras para disponibilizar imediatamente mais vacinas para o povo brasileiro se sentir seguro para retomar suas atividades. Uma coisa está diretamente ligada à outra. Você só vai ter recuperação econômica quando tiver também segurança para quem produz no campo, na cidade, na indústria e no comércio trabalhar com tranquilidade”, afirmou.

Otto Alencar, que é médico, cobrou da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a liberação rápida das vacinas contra o coronavírus. “Na Anvisa, parece que estamos vivendo um momento de doenças eletivas, aquelas que você pode esperar para pedir exame, mandar [o paciente] voltar para casa e depois tomar medicamento. Nós estamos vivendo um momento de urgência para o tratamento de uma doença desconhecida de todos os médicos, cientistas, sanitaristas e epidemiologistas. Uma preocupação muito grande de todo o Brasil é ter essa disponibilidade das vacinas”, disse.

No primeiro pronunciamento como presidente da CAE, Otto Alencar criticou a decisão do presidente Jair Bolsonaro, que na semana passada, demitiu o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco. O general Joaquim Silva e Luna foi designado para comandar a estatal. Apesar de reprovar o aumento nos preços dos combustíveis determinado pela empresa, Otto classificou a decisão de Bolsonaro como “uma questão gravíssima”. “Não dá para desconhecer uma insegurança jurídica. Não vamos colocar isso como uma coisa errada que foi feita para reduzir o custo dos combustíveis no Brasil. Mas a forma foi totalmente equivocada, tanto é que nossa principal empresa perdeu valores em torno de 21% das suas ações”, destacou.

O senador Omar Aziz (PSD-AM), que deixa a presidência da CAE, disse que Otto Alencar tem “capacidade, competência e equilíbrio” para conduzir os trabalhos. O senador Esperidião Amin (PP-SC) defendeu a realização de reuniões do colegiado mesmo durante a pandemia de coronavírus.

Uma das matérias que a CAE deve apreciar neste ano é o Projeto de Lei (PL) 5.387/2019, aprovado há duas semanas pela Câmara dos Deputados. Entre outras medidas, o texto amplia as possibilidades para a abertura de conta em dólar no Brasil.

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