Foi constatado que as câmeras de vigilância não funcionam há anos, que o sistema é obsoleto (ainda analógico), além de uma série de falhas que comprometem a segurança do presídio de Mossoró (RN) e facilitaram a fuga dos dois criminosos na semana passada.
E agora? O que o Ministério da Justiça fará para evitar novas fugas?
A ideia é agir em duas frentes.
Usar os cerca de R$ 300 milhões que existem no caixa do Fundo Penitenciário Nacional (Funpen) para a modernização do circuito de câmeras de monitoramento, assim como realizar alterações estruturais para eliminar as óbvias possibilidades de fuga que se escancararam em Mossoró.
Mas esse montante é suficiente?
Não, sobretudo por que a atualização dos sistemas de monitoramento terá que ser feita também nos outros quatro presídios de segurança máxima do Brasil: Catanduvas (PR); Campo Grande (MS); Porto Velho (RO) e Brasília.
A solução (ou tentativa de solução) será Ricardo Lewandowski vai passar o chapéu em outros ministérios. Pretende pedir um reforço de verba extraordinária para o Funpen.
A recomposição desse orçamento não é exatamente coisa trivial num governo que tem que apertar o cinto. Dependerá de Fernando Haddad e, sobretudo, Lula.