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Sim, eles são os novos 60+. Repare bem: o Sérgio Arnaut tem 60 anos e a Mônica Bousquet tem 61 anos - Fotos: reprodução / TikTok / Instagram
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terça-feira 25 de julho de 2023 às 11:55h

Os novos 60+ estão mais fortes e prontos para curtir a vida; só não contem ao INSS

NOTÍCIAS


Com a população vivendo mais, a longevidade aumentando, surgem os novos 60+. Eles estão mais fortes e prontos para aproveitar a vida, só que o INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social), responsável pelas aposentadorias, não pode saber…conforme Renata Giraldi, do portal Só Notícia Boa publicou as histórias que comprovam a vitalidade desta turma.

Veja o empresário Sérgio Arnaut, de São Paulo (foto acima). Aos 60 anos, ele esbanja saúde, beleza e um corpo de fazer inveja a jovens de 20 anos. Com seus exercícios, braços fortes e barriga tanquinho, ele tem mais de 100 mil seguidores no TikTok.

Já Mônica Bousquet vai além (também foto acima). Ela tem 61 anos e um shape de fazer inveja a meninas de 18. Com mais de 500 mil seguidores no Instagram, ela ensina a manter a barriga em dia e fala de alimentação nas redes sociais.

Idosos no Brasil

A população envelhece em ritmo acelerado, mostraram os primeiros dados do Censo 2022: mais da metade dos 203 milhões de brasileiros está acima dos 30 anos, e 15% têm 60 ou mais.

No Brasil, a idade média para aposentadoria, no INSS, é de 62 anos para homens e 60 para mulheres.

@sergioarnaut1

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♬ Duality – Paul van Dyk

E os 60+ incluem uma parcela de 30 milhões de pessoas, no país, com perspectiva de atingir 25,7% da população em 2040, movimentando a chamada “economia do cuidado”.

Idade é só um número

O Só Notícia Boa reuniu situações em que idosos demonstram que idade não é sinônimo de limitação nem de fim da linha [ver abaixo].

Em um vídeo, um vovô arrebenta no forró. Dança tanto que deixa qualquer jovenzinho no chinelo.

Na França, uma pesquisa reuniu idosos numa competição de bike para verificar ritmo cardíaco e desempenho, observando perspectivas para qualidade de vida.

Em outro vídeo, um vovozinho, de 86 anos, segue como vendedor ambulante na Rua 25 de Março, no centro do comércio popular da capital da paulista.

Idosos que resolvem não parar a vida porque a idade chegou.

Mais fortes e prontos

Com a perspectiva à vista, o mercado observa as oportunidades nos negócios e no ambiente de trabalho, uma vez que os chamados idosos estão mais saudáveis, com vontade de prolongar a vida e aproveitar cada momento.

A começar pela saúde. No país, há pouco mais de 2.600 geriatras. A tecnologia terá maior impulso para desenvolver produtos que tornem as casas inteligentes e ajudem o idoso a manter sua autonomia.

Na economia, a renda dos idosos é responsável por injetar R$ 24,6 bilhões por mês porque 15% têm renda acima da média nacional.

Sem contar aposentadorias e pensões de pessoas que vivem mais em famílias cada vez menores.

Alimentando a economia

O levantamento Tsunami Prateado, da consultoria Hype50+, estima que a população de 50 anos ou mais representa quase 20% do consumo brasileiro e movimenta cerca de R$ 1,6 trilhão por ano, com uma demanda crescente.

De acordo com o levantamento, foi a que mais aumentou o consumo desde o primeiro trimestre de 2020: 12% contra 5% da média da população, segundo a consultoria Kantar.

Essa faixa etária também é que a mais consome produtos premium, de valor mais alto. Por isso, chamam cada vez mais a atenção de diferentes negócios.

Em 2060, maioria dos trabalhadores terá mais de 40 anos. Empresas já criam vagas para profissionais mais velhos.

Startup para idosos

A startup Mais Vívida, por exemplo, promete ensinar idosos a “usar ferramentas digitais sem depender de filhos ou netos”. A ferramenta é direcionada para os 60+ para que se sintam mais fortes e prontos para as adversidades cotidianas.

Uma plataforma coloca clientes em contato com jovens que os orientam no uso de tecnologia.

O aplicativo de transporte Eu Vô, voltado para idosos e pessoas com deficiência, oferece mais que um motorista. Os profissionais da plataforma são treinados para acompanhar compras ou consultas médicas de quem tem dificuldades de mobilidade.

Superidosos

Os superidosos – chamados de “superargers” em inglês – são definidos como os resistentes ao declínio da memória relacionado à idade e que mantém mecanismos de enfrentamento que ajudam a superar dificuldades.

A análise é da pesquisadora Marta Garo-Pascual, do Centro de Alzheimer da Fundação Rainha Sofia, em Madri, na Espanha.

De acordo com Marta, os superagers são uma “raça rara” de idosos com mais de 80 anos cuja memória rivaliza com aqueles 20 ou 30 anos mais jovens.

O estudo

Em estudo conduzido por Marta Pascual, foram analisados dois grupos: um com 64 superidosos e outro com 55 tipicamente saudáveis. Ambos os grupos com média de idade de 82 anos.

Os pesquisadores procuraram diferenças em exames cerebrais, testes de mobilidade, avaliações clínicas de saúde mental, pesquisas de estilo de vida e amostras de sangue.

Resultados preliminares sugerem que as mentes ágeis dos superagers podem ter algo a ver com seus corpos ágeis.

Resultados iniciais

Ao longo de seis visitas anuais, os pesquisadores rastrearam os fatores de estilo de vida dos participantes do estudo, digitalizaram seus cérebros, coletaram amostras de sangue e os submeteram a testes de mobilidade – inserindo os dados em um modelo de aprendizado de máquina encarregado de identificar fatores associados aos superidosos.

Os superagers geralmente são mais ativos na meia-idade, satisfeitos com o sono na velhice, tinham melhor saúde mental e mostravam maior independência no dia-a-dia – provavelmente possibilitados por sua capacidade de se mover, equilibrar e lembrar das coisas.

O estudo também não encontrou diferenças nos biomarcadores sanguíneos de demência, descobriram que os superidosos retêm sua função de memória, apesar dos níveis semelhantes de proteínas da doença de Alzheimer nos cérebros.

A genética provavelmente também desempenha um papel, já que o modelo de aprendizado de máquina usado neste estudo para diferenciar superidosos de seus pares só conseguiu fazê-lo corretamente em 66% das vezes, com base em 89 fatores demográficos, de estilo de vida e clínicos.

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