No fim da tarde da última quinta-feira (8), o comitê de elegibilidade da Petrobras analisou os currículos de 17 candidatos ao Conselho de Administração da estatal. Na próxima segunda, a assembleia geral da companhia irá votar para escolher os novos integrantes da cúpula.
O colegiado avalia antecipadamente o nome e histórico dos indicados para auxiliar os acionistas na escolha de membros para o Conselho de Administração e Conselho Fiscal.
O governo de Jair Bolsonaro indicou segundo a revista Veja, sete nomes: Eduardo Bacellar Leal Ferreira, Sonia Julia Sulzbeck Villalobos, Cynthia Santana Silveira, Ana Silvia Corso Matte, Marcio Andrade Weber, Murilo Marroquim de Souza e Ruy Flaks Schneider. Já os acionistas minoritários indicaram Leonardo Antonelli, José João Abdalla Filho, Pedro Rodrigues Galvão de Medeiros e Marcelo Gasparino da Silva.
Por ter ligações recentes com uma fornecedora de sondas da Petrobras, o candidato Weber, indicado pelo governo, foi declarado inelegível. Mesmo parecer foi aplicado a Medeiros, que tinha ligações com um banco que atuou na abertura de capital de uma das subsidiárias da estatal e foi candidato indicado pelos minoritários.
Atual integrante do CA da Petrobras, o advogado tributarista Leonardo Antonelli fez constar na ata da reunião ressalvas aos nomes de uma série de candidatos. “A Petrobras, através dos seus órgãos técnicos (Governança e Recursos Humanos), firmou entendimento de que somente geraria impedimento à elegibilidade o candidato que atuasse na área principal
(core business) da companhia (Exploração e Produção). Apesar de ser uma interpretação possível, não retrata para mim a melhor Governança, motivo pelo qual, pedindo licença aos demais integrantes, indefiro a candidatura”, registrou Antonelli em onze currículos.
Caberá ao conjunto de acionistas, reunidos na assembleia de segunda, referendar ou não os nomes aprovados e com algum tipo de problema apontado pelo comitê de elegibilidade.Os minoritários ainda indicaram ao Conselho Fiscal: Michele da Silva Gonsales Torres Freire (titular) e Antonio Emilio Bastos de Aguiar Freire (suplente), Patricia Valente Stierli (titular) e Robert Juenemann, além de Reginaldo Ferreira Alexandre (titular) e Paulo Roberto Franceschi (suplente).
O comitê de elegibilidade da Petrobras, que se reuniu na quinta, foi integrado por Ruy Flaks Schneider, Leonardo Antonelli, Sergio Luiz de Toledo, Tales José Bertozzo Bronzato, Marcelo Mesquita de Siqueira Filho e Rodrigo de Mesquita Pereira.