Com o dinheiro do contribuinte, as agremiações políticas do Brasil bancam segundo a coluna Maquiavel, através do Fundo Partidário, uma vida de luxo a seus dirigentes que inclui hospedagem em hotéis de luxo, compra de carros de alto padrão e alugueis de mansões.
Reportagem da revista Veja a partir de informações fornecidas pelas legendas mostra que parte significativa desse dinheiro, que totalizou quase 1 bilhão de reais em 2021, foi usada em extravagâncias.
Beneficiados por uma legislação que impede o Judiciário de entrar no mérito dos gastos, os partidos aproveitam para forçar o limite do que é razoável nas despesas com viagens. Ao todo, as legendas gastaram 7,9 milhões de reais com o deslocamento aéreo de seus membros — 2,3 milhões de reais só com o fretamento de aeronaves.
O pior exemplo vem do Progressistas, partido do chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, um dos líderes do Centrão. A sigla desembolsou 1,2 milhão de reais com o aluguel de jatinhos, uma quantia que posiciona a legenda no primeiro lugar desse tipo de despesa — que inclui também a compra de passagens aéreas.
O PP afirma que o uso dessas aeronaves atendeu às demandas de membros da legenda. “O pagamento pelos serviços foi declarado na prestação de contas e está sob apreciação do TSE, portanto dentro da normalidade”, acrescenta.
Na sequência das agremiações que mais gastaram com o serviço vem o PT, que despendeu 826 805 reais com empresas de táxi-aéreo, como a que levou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o seu périplo eleitoral pelo Nordeste em agosto. O partido também nega qualquer irregularidade.